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Abriu a oficialmente a campanha agrária 2011/2012

Começou oficialmente este domingo a campanha agrária em Moçambique. Nesta campanha – que integra ainda a componente pecuária, dai a designação “campanha agrária” e não “campanha agrícola”, como se chamava anteriormente – as autoridades da agricultura prevêem colher cerca de 16,2 milhões de toneladas de culturas alimentares diversas, contra as cerca de 14,2 milhões de toneladas produzidas na campanha anterior, e envolve cerca de quatrocentas mil famílias em todo o país.

As autoridades da Agricultura afirmam que, dentre as várias medidas, haverá uma expansão na área de cultivo, dos actuais cerca de 3,9 milhões de hectares para 5,2 milhões, embora haja também a aposta no aumento da produtividade.

Dados do governo indicam a disponibilidade, na presente época agrária, de mais de oito mil toneladas de sementes melhoradas diversas e, as autoridades do sector, estimam que mais de um milhão de hectares sejam preenchidos de culturas alimentares nesta safra no país.

A mudança na denominação da campanha, de agrícola para agrária, pretende-se que seja mais do que apenas troca de nomes mas sim que os extensionistas não só assistam os produtores em técnicas de produção agrícola, mas também na pecuária.

Presidente Guebuza abriu a campanha agrária

Entretanto, dirigindo-se a milhares de pessoas que acorreram às cerimónias centrais do lançamento da campanha agrária 2011/2012 no país, o Presidente da República, Armando Guebuza, reiterou no domingo em Catandica não haver razões para que os moçambicanos continuem a enfrentar situações de fome. Embora tenha enaltecido o empenho da população em actividades socioeconómicas, para além de agrícolas, Guebuza apelou a um redobrar de esforços, sobretudo na produção alimentar, descrevendo a agricultura como base fundamental para o desenvolvimento do país, tendo em conta que esta permite a redução do desemprego; cria condições para o auto-emprego e para o crescimento da economia.

“Hoje, mais do que ontem, o povo é capaz de produzir mais para obter riqueza. A riqueza vem do trabalho”, afirmou o Chefe do estado, chamando à atenção tanto dos produtores de alimentos como dos criadores a diferentes níveis no sentido de intensificarem esforços para que se alcancem os objectivos definidos pelo sector da Agricultura no país, nomeadamente a garantia da segurança alimentar na globalidade.

O Presidente da República destacou as potencialidades do país no que diz respeito às condições agro-ecológicas, as quais, quando devidamente aproveitadas, poderão contribuir para incrementar ainda mais os níveis de produção de alimentos em Moçambique, conferindo, no futuro, qualidades para que o país constitua celeiro não só para o abastecimento a nível interno, como também externo. Para o Chefe do Estado, “não há motivos para continuarmos com fome”.

Disse ter ficado impressionado com o empenho na produção em muitas regiões do país, mas ressalvou a necessidade do aproveitamento das condições de que Moçambique detém no sector agrícola. “Usando os recursos existentes, não há motivos para continuarmos com fome”, realçou Armando Guebuza, falando durante o lançamento da campanha — considerada agrária pelo facto de abranger todos os sectores agregados à agricultura, com particular destaque para a pecuária, sendo este um dos elementos que o diferenciam da campanha agrícola. Tendo em conta os fenómenos naturais adversos que afectam negativamente a agricultura em Moçambique, as autoridades governamentais acabam de conceber um programa visando evitar que as culturas alimentares sejam devastadas.

Uma das medidas, conforme fez referência o Chefe do Estado, constitui na implantação de represas, para garantir que em momentos de estiagem o desenvolvimento vegetativo de culturas não fique comprometido. Uma outra linha de intervenção tem em vista o acesso ao mercado, prevendo-se nessa área o envolvimento do Instituto Nacional de Cereais. O fortalecimento da gestão de recursos naturais, através de associações e cooperativas agrícolas, faz igualmente parte das estratégias para responder a eventuais questões de inundações e seca.

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