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Abelhas matam duas pessoas em Monapo

A razão do mau atendimento nas unidades sanitárias no país tem sido atribuída ao comportamento de alguns funcionários do sector, mas no caso do Hospital Rural de Monapo, as abelhas é que são responsáveis por esse fenómeno, tendo num espaço de um ano causado a morte a duas pessoas, uma das quais registada há uma semana.

Dados apurados, ontem no terreno, pela nossa reportagem, indicam que a primeira vítima mortal do ataque das abelhas que, há cerca de uma década, formam uma colmeia no tecto de uma das paredes do edifício do Hospital Rural de Monapo desde que foi construído há menos de três décadas, registou-se em finais do ano passado.

Tratou-se de um menor de idade que, no fatídico dia, teria sido levado pela sua mãe para tratamento médico naquela unidade, onde sucumbiu em consequência de várias picadas. A mãe viu-se forçada a abandonar o seu filho por ter, também, sofrido picadas de abelhas cujos efeitos ditaram o seu internamento horas depois, quando regressara para recuperar o menor. Semana passada, um paciente que se encontrava internado naquela unidade sanitária, foi vitima de ataque das mesmas abelhas enfurecidas.

E não se sabe, até o momento, se devido a gravidade das picadas daqueles insectos, acabou por sucumbir. A vitima sofria de uma enfermidade que o impedia de se locomover normalmente e não podia, por isso, fugir ao ataque das abelhas. O director do Hospital Rural de Monapo, Pedro Celestino, disse que uma equipa de apicultores do distrito de Monapo foi mobilizada o ano passado para afugentar as abelhas para outro local distante daquela unidade sanitária visto que perigavam a preseça dos utentes, incluíndo os funcionários. Só que os resultados não foram os esperados.

Pois, além da operação se ter malogrado, o funcionário, que conduziu a equipa de apicultores ao local onde a colmeia de abelhas se encontra até o momento, foi perseguido e picado impiedosamente no percurso que separa o hospital da sua residência, onde viria a ser socorrido por parentes que se viram forçados a atear capim seco para fazer recuar as abelhas.

O clima, que caracteriza o Hospital Rural de Monapo, é de medo, sobretudo entre os utentes e os funcionários, que aproveitaram a visita que a vice ministra da Saúde efectou, ontem, àquela unidade sanitária para se inteirar do seu funcionamento, para manifestarem essa preocupação. Nazira Abdula reagiu, garantindo que vai contactar o sector da agricultura, ao nível provincial, no sentido de tudo fazer para escorraçar o enxame de abelhas que encontrou o seu refúgio naquela unidade sanitária.

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