Renamo recusa entregar as chaves de Nacala-Porto
Mesmo depois do anúncio oficial dos resultados da segunda volta das eleições autárquicas em Nacala-Porto, que conferem vitória ao candidato da Frelimo, Chale Ossufo, a Renamo recusa entregar as chaves daquele município, que durante cinco anos esteve sob presidência de Manuel dos Santos, da Renamo, que concorria para a sua própria sucessão e foi derrotado com 20.012 votos, o correspondente a 45,33 porcento.
De referir que esta posição foi defendida pela Renamo logo após a divulgação dos resultados intermédios e manteve-se inabalável até a divulgação dos resultados do apuramento geral, pela CNE.
Momentos após o acto, o porta-voz da Renamo, Fernando Mazanga, fincou pé ao reitarar que o seu partido não vai entregar as chaves do município alegadamente por não reconhecer a derrota do seu candidato Manuel dos Santos, e, portanto, vai continuar a dirigir os destinos do município porque, para a Renamo, em Nacal-Porto não houve eleições.
Por via disso, Manuel dos Santos vai permanecer no gabinete impedindo, assim, a entrada de Chale Ossufo.
Frelimo em Tribunal
O Tribunal Judicial da Cidade de Maputo notificou a Frelimo, partido no poder, no âmbito da instrução contraditória do ´´caso Aeroportos de Moçambique´´.
O juiz Dimas Marrôa, da Décima Secção Criminal, decidiu notificar a Frelimo, que se fez representar por um quadro da Comissão de Angariação de Fundos, para explicar a sua versão sobre a alegada doação de dinheiro desviado da empresa pública ADM para financiar a campanha eleitoral referente às terceiras eleições autárquicas.
É que, o autor da carta-denúncia no que se refere ao desfalque, Hermenegildo Mavale – antigo administrador da ADM – disse, durante a instrução contraditória, que parte do dinheiro desviado foi doado ao partido Frelimo.
Cólera atinge Marromeu
A epidemia de cólera que vem assolando a província de Sofala desde meados de Janeiro passado atingiu, no início desta semana, o distrito de Marromeu, passando para quatro os pontos que registam aquela doença desde a sua eclosão. Logo que foram notificados os primeiros casos de diarreia e vómitos, as autoridades sanitárias deram ordens para se abrir o Centro de Tratamento da Cólera (CTC) local que, em menos de duas horas, recebeu sete doentes, que estão a receber tratamento.
Antes de Marromeu, a doença havia sido notificada na cidade da Beira e nos distritos de Chibabava e Nhamatanda, contando já com um cumulativo de 404 pacientes atendidos em todos os CTC´s. A capital provincial lidera a lista, com 257 casos, tendo entrado nas últimas 24 horas 15 pacientes com sinais e sintomas de cólera.