A Polícia da República de Moçambique (PRM), a nível da Cidade de Maputo, veio, esta Segunda-feira, a público, dizer que está a seguir todas as pistas para esclarecer o sequestro de dois empresários ocorrido no passado dia 30 de Janeiro de 2012 no cemitério de Lhanguene, cidade de Maputo, capital de Moçambique, por quatro indivíduos desconhecidos munidos de armas de fogo.
Na sequência das diligências da PRM foi detido, na última segunda-feira, um indivíduo de nome Momed, de 25 anos, indiciado de envolvimento num sequestro, em finais de Janeiro, a uma cidadã de nome Suraia, de 33 anos de idade. O porta-voz do Comando Geral da PRM, Pedro Cossa, não avança as circunstâncias em que foi detido o indivíduo, bem como os detalhes sobre o assunto, alegadamente por estar a correr um processo-crime contra o jovem. Contudo, Cossa assegurou que a partir de Momed poderão ser localizados outros indivíduos que vinham praticando estes actos ao nível da capital do país.
Segundo ele, nos últimos três meses terão sido sequestradas pelo menos 10 pessoas e nenhum dos praticantes do acto havia sido detido até aqui.
Arnaldo Chefo lamentou para aquilo que apelidou de falta de colaboração das vítimas e de seus familiares pois lembrou que, até então, mesmo dos anteriores casos que se deram, nenhum deles foi comunicado oficialmente à Polícia sendo que todos eles chegaram até si através dos órgãos de informação apesar de a corporação procurar, incansavelmente, trabalhar em coordenação com os familiares das vítimas.
Chefo, apelou novamente às famílias das vítimas no sentido de cooperarem com a Polícia no sentido de obter mais informações bem como às vítimas que passaram por casos de género no sentido de a Polícia investigar mais acerca deste tipo de crime abrindo a possibilidade de se tratar de uma quadrilha que se dedica a este tipo de crime.
O porta-voz da Polícia patenteou que a motivação deste tipo de crime é o dinheiro a assinalar pelas elevadas quantias exigidas pelos sequestradores para o resgate.
Outros casos:
O Porta-voz da Policia diz que na semana ora finda, deram-se na cidade de Maputo 3 casos relevantes. O primeiro caso trata-se de um roubo que deu-se a 27 de Setembro no bairro do Zimpeto às 20h30min onde indivíduos munidos de armas de fogo introduziram-se num estabelecimento comercial, ameaçaram o seu proprietário por sinal de nacionalidade burundesa e retiraram de lá cinco mil meticais.
O segundo, já na madrugada de 1 de Janeiro, tratou-se de um homicídio voluntário qualificado onde um indivíduo de nome Joaquim Julião Cossa de 37 anos de idade foi alvejado a tiro na zona do tórax por desconhecidos ainda à monte que tentaram lhe retirar a viatura, isto no dia 1 de Fevereiro no bairro de Maxaquene “B”.
O indivíduo foi socorrido no local por vizinhos que prontamente o levaram ao hospital mas que devido à gravidade dos ferimentos não resistiu e perdeu a vida. Este caso ocorreu na noite de 31 de Janeiro.
O terceiro caso referenciado pela policia da cidade, foi de um roubo ocorrido a 31 de Janeiro por volta das 23 horas onde indivíduos desconhecidos ameaçaram um outro indivíduo e lhe arrancaram uma viatura de marca Honda CRV com chapa de matrícula ABL 187 MP.
Ainda no relato do balanço da lei ordem da semana ora finda da Cidade de Maputo, a PRM deu a conhecer que durante a semana foram detidas 86 pessoas indiciadas de vários crimes e recuperada 1 arma de fogo na posse de 3 indivíduos no bairro do Alto-Maé.
Estão igualmente encarcerados na 6ª esquadra 2 indivíduos nomeadamente Ocosta Filipe, 25 anos e Zito Issufo, 36 anos, ambos indiciados de furtos de carteiras e telemóveis nas ruas e paragens de chapa no bairro da Malhangalene.
Trânsito
Neste período do ano a Polícia registou 11 acidentes contra 9 no igual período do ano passado dos quais 6 atropelamentos, 2 choques entre carros, 2 despistes, 1 capotamento e uma queda de passageiro tendo como consequência dois óbitos, três feridos graves e seis ligeiros.
No que cerne ao movimento migratório, Arnaldo Chefo deu a conhecer a jornalistas hoje que na semana finda, a Cidade de Maputo através do aeroporto de Mabalane e Porto de Maputo registou um circulação de 3 278 viajantes.
Ainda segundo Chefo, foi recusada pelas autoridades migratórias a entrada ao país a 42 cidadãos dos quais: 6 somalis por posse de passaportes caducados, 20 paquistaneses por falta de clareza aos propósitos e endereços de hospedagem, 9 paquistaneses por portarem vistos contrafeitos, 2 bengalis por falta de clareza aos propósitos que os levam a visitar o país e os restantes, bengalis, por portarem vistos contrafeitos.
