Para continuarmos  a fazer jornalismo independente dos políticos e da vontade dos anunciantes o @Verdade passou a ter um preço.

Toma que te dou: A luta continua!

– Viva o povo moçambicano, unido do Rovuma ao Maputo!

– Viva!

– Abaixo o tribalismo!

– Abaixo!

– Abaixo o despotismo!

– Abaixo!

– Abaixo o nepotismo!

– Abaixo!

– Abaixo os promotores da guerra!

– Abaixo!

– Abaixo a arrogância e o cinismo!

– Abaixo!

– Viva a liberdade!

– Viva!

– Abaixo a governação terrorista!

– Abaixo!

– Viva o amor entre os moçambicanos!

– Viva!

– Viva a democracia!

– Viva!

– Abaixo a ditadura!

– Abaixo!

– Abaixo o fascismo!

– Abaixo!

São onze horas da manhã e a voz ribomba como um trovão, reboando pela estrada nacional inteira. Deixando, por onde passa, o eco tremendo que se espalha por todo o lado. Levantando das cadeiras de rodas todos os paralíticos. As mulheres abandonam os mercados e atiram-se às ruas. Os homens e mulheres que, naquela hora se entregam ao prazer do sexo, abdicam dessa dádiva e correm também para as praças repletas de gente que continua a chegar de locais longínquos. O país inteiro torna-se num só e responde, em uníssono, à voz que brame terrivelmente. A chuva que caía em torrentes parou para dar lugar ao ar fresco que bafeja a todos. E o sol mudou de cor.

– A luta continua!

– Continua!

– Independência ou morte…

– Venceremos!

– Independência ou morte…

– Venceremos! Enquanto o povo se une, se irmana, se junta, se aperta numa só direcção, há um grupo de pessoas que, desesperadamente, foge desse povo que apenas canta a liberdade, há muito esperada, sem qualquer mágoa, sem ressentimentos. Um povo que apenas transporta no coração o desejo de viver em paz e em igualdade.

– Abaixo os tiranos!

– Abaixo!

– Obrigado, camaradas.

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