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Taça CAF: A locomotiva esmaga e avança

Taça CAF: A locomotiva esmaga e avança

O Ferroviário de Maputo venceu, Sábado último, a sua congénere queniana, Gor Mahia, por 3 bolas sem resposta em partida a contar para a primeira mão da pré-eliminatória da Taça CAF ou simplesmente, Taça Nelson Mandela.

À moda sempre que joga no Zimpeto, a turma locomotiva entrou a marcar. Nos primeiros segundos do jogo, a equipe contrária ainda se organizando, Clésio invadiu a grande área contrária e fez o primeiro remate do jogo que passou com muito perigo ao lado da baliza do guardião queniano.

Estava feito assim o primeiro aviso à tripulação. Minuto seguinte, na sequência do lance do remate de Clésio, a equipe queniana perdeu a bola no seu campo defensivo e viu novamente o puto maravilha a fazer um portentoso que só parou no fundo das malhas. Primeiro minuto, primeiro golo da partida.

Com o golo madrugador, o Ferroviário lançou uma mensagem sobre a sua pretensão que passava por vencer e levar a eliminatória para Quénia em vantagem. O Gor Mahia já não, fechou-se e procurou sempre defender para não sofrer. Porém insuficientemente. A turma locomotiva que se aproveitou da fraqueza de seu adversário poluiu o seu meio campo confundindo quase sempre a polícia queniana.

Das poucas vezes que o Gor Mahia se fez ao campo contrário, fê-lo com perigo pois avistou-se certa fragilidade também na defesa locomotiva. Porém, diga-se com muita sorte, tirava o doce da boca das crianças, ou seja, na hora em que os visitantes deviam dar o seu máximo, a defensa locomotiva acordava.

Com uma postura ofensiva e sempre à busca de golo, com trocas de bola que deixaram a nu a classe e técnica locomotiva, com movimentações na frente de ataque que baralhavam a turma contrária, o Ferroviário de Maputo jogou assim toda a primeira parte revelando certa fraqueza quando se fala de aspecto finalização. Não houve eficácia pois o Ferroviário d Maputo perdeu soberbas oportunidades de dilatar o marcador ainda no primeiro tempo de jogo.

O cúmulo da falta de pontaria deu-se último quarto de hora do primeiro tempo quando Whisky atirou a bola à trave na cobrança de uma grande penalidade. Na sequência e mesmo antes do minuto final, Rachid ainda tentou de cabeça valendo a atenção do guarda-redes que desviou a bola para fora. Com uma ligeira vantagem de 1 a 0 a favor da turma locomotiva, foi-se ao intervalo.

No reatamento, com os dois 11 não mexidos, o Ferroviário entrou novamente a dominar e fazer um jogo de encher os olhos – que não burlava a sua massa associativa que afluiu em massa ao Zimpeto para testemunhar o desafio, que ocupou por completo a bancada central sombra.

O domínio e a qualidade de jogo locomotiva tiveram seu auge no minuto 57. Quem esteve no Zimpeto testemunhou o melhor momento do jogo da noite, algo só visto em grandes competições como por exemplo na “Champions League”.

Tchitcho, à Messi, com a boa colada no pé, parte do meio campo com direcção à baliza contrária. Passou por 1, 2 e disparou a meio da rua um portentoso remate que só viu o fundo das malhas para travar. Estava feito assim o 2 a zero que conferia tranquilidade à turma caseira.

Coincidência ou não, o facto é que depois do segundo golo, o jogo baixou de qualidade. Foram operadas substituições em ambas as equipes a ver se devolviam o espetáculo – ofensivo para o lado locomotiva e defensivo para Gor – porém debalde. O jogo pareceu morno e o Gor Mahia já jogava, circulando a bola entre seus jogadores embora o condicionamento físico não ajudava, afinal, correram quase todo jogo atrás da bola e (como se viu) sem entender patavina do jogo da equipe locomotiva.

Nacir Armando que pareceu vidente, apercebendo-se do ritmo do jogo e do perigo que corria a sua equipe, mandou entrar Diogo para o lugar de Imo que minutos depois, num lance individual fantástico, com pé esquerdo, deixou para trás em dois toques dois adversários tendo, à terceira, feito um remate para o terceiro golo da partida. Fixando o resultado que deixa a equipe moçambicana tranquila para a segunda mão em Nairobi.

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