Um alerta vermelho sobre o actual cenário da economia global mundial foi lançado, esta terça-feira, pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) que o aponta como estando a entrar numa “nova fase perigosa”.
Para aquela instituição financeira mundial, a actividade global enfraqueceu e torna-se “mais irregular”, enquanto a confiança caiu acentuadamente recentemente e os riscos descendentes estão crescendo, “contra um cenário de fragilidades estruturais por resolver”, afirma o FMI em nota enviada, esta terça-feira, ao Correio da manhã.
Aponta mais adiante que os problemas estruturais que enfrentam as economias atingidas pela crise avançada provaram ser ainda mais “intratável do que o esperado e o processo de elaboração e implementação de reformas ainda mais complicado”.
Enquanto as perspectivas para economias mais avançadas indicam que o seu estado “é mais fraco e irregular”, as perspectivas para as economias dos mercados emergentes tornaram-se “mais incertas”, embora o crescimento deverá manter-se bastante robusto, especialmente, nas economias que podem contrariar o efeito sobre a produção de enfraquecimento da procura externa.
Crescimento moderado em 2012
Entretanto, projecções da World Economic Outlook (WEO), uma instituição do Banco Mundial (BIRD), indicam que o crescimento global será moderado, em 2012, e rondará nos 4%, contra mais de 5%, em 2010, e o Produto Interno Bruto (PIB) nas economias avançadas deverá expandir-se a um “ritmo anémico” de cerca de 1,5 porcento, em 2011, e 2% em 2012, ajudado por um gradual desaparecimento das forças temporárias que têm impedido a actividade durante a maior parte do segundo trimestre de 2011.
Como solução ou medidas a tomar para inverter-se o cenário, o FMI aconselha os responsáveis políticos europeus para conterem a crise na periferia da zona euro, enquanto os políticos dos Estados Unidos da América (EUA) lutam por um equilíbrio judicial entre o apoio à economia e pela consolidação orçamental, enquanto a volatilidade nos mercados financeiros globais não aumenta.
Propõe a seguir a remoção de acomodação monetária nas economias avançadas para garantir a redução das taxas de crescimento em economias emergentes e em desenvolvimento a um ritmo ainda muito sólido de cerca de 6% em 2012.