O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) destinará 2,25 bilhões de dólares para financiar por três anos iniciativas que dêem maior protagonismo na política às mulheres latino-americanas, principalmente indígenas ou afrodescendentes.
O dinheiro sairá de um fundo de doadores para assuntos ligados a género e diversidade que foi criado em Maio, indicou o BID em um comunicado. O BID financiará iniciativas que facilitem o acesso da mulher à política, programas que incentivem a participação feminina e pesquisas académicas sobre liderança da mulher e a modernização dos Estados.
“O projecto permitirá financiar intervenções estratégicas direcionadas a fortalecer a participação efectiva da mulher nos espaços de decisões que afectam suas vidas e a de suas famílias”, disse Gabriela Vega, que dirige o projecto.
O BID ressaltou que a América Latina está em um momento importante para a mulher na política: Michelle Bachelet foi eleita presidente do Chile em 2005 e Cristina Kirchner da Argentina em 2007, enquanto em 2006 Portia Simpson se tornou em primeira-ministra da Jamaica.
Em 2007, 24% dos ministros na região eram mulheres, acima de 15% dois anos antes. Entre os parlamentares, em 2009, 19% dos legisladores eram mulheres, em comparação com 7% em 1990, indicou o comunicado. Mas persistem grandes brechas salariais entre homens e mulheres e entre distintos grupos étnicos, acrescentou o BID.