Cerca de 270 mil pessoas enfrentam uma situação de insegurança alimentar aguda resultante de bolsas de fome que afectam algumas regiões do país, situação que coloca este grupo populacional a precisar de apoio alimentar ate Marco de 2010, altura das próximas colheitas.
Dados divulgados quarta-feira pelo Conselho Técnico de Gestão de Calamidades, reunido para avaliar as actividades realizadas no quadro do programa de desenvolvimento das zonas áridas, indicam que actualmente está-se a assistir a apenas 20 por cento das 177 mil identificadas como estando em insegurança alimentar até ao final de Outubro último.
O que está a acontecer, segundo as mesmas fontes citadas pelo matutino “Noticias”, é que a partir do presente mês outras 72 mil pessoas passaram a enfrentar insegurança alimentar em razão do esgotamento das suas reservas. Fonte do Programa Mundial de Alimentação (PMA) disse que serão necessários mais de 6,3 milhões dedólares norte-americanos para a compra de alimentos para assistir a todos os necessitados.
De acordo com o Conselho Técnico de Gestão de Calamidades, as províncias de Cabo Delgado (Norte do pais) com inundações, e Tete (Centro) e Inhambane Gaza e Maputo (Sul) com casos de estiagem/seca, apresentam mais casos de insegurança alimentar relacionados com a ocorrência de desastres naturais. Outras situações de insegurança alimentar são de carácter social devido à redução de fontes de alimentação originados pela alta de preços e a redução de remessas, e também pela ocorrência de doenças crónicas e redução de fontes de rendimento.
Na ocasião, o Ministro da Administração Estatal, Lucas Chomera, disse que em 2005 cerca de 1.2 milhão de pessoas enfrentaram carências várias, em razão da seca. A ideia que existia é de que devia sereduzir orisco de aquelas pessoas voltarem a enfrentar a mesma situação. Chomera disse que para as zonas de cheias há uma redução do risco de calamidades com o reassentamento em curso, mas para as zonas áridas e semi- áridas os avanços não são significativos.
A titulo de exemplo, o Ministro disse que em 2008 teve que se encontrar alternativas para o abastecimento de água a algumas zonas afectadas pela estiagem, na zona Sul que, mas que mais uma vez este ano voltam a ter o mesmo problema.