O Nobel de Literatura português José Saramago, que apresentou esta segunda-feira em Madri seu novo romance, “Caim”, afirmou que seu próximo livro falará da indústria armamentista. “Não será sobre o Corão, será sobre algo tão importante como todos os corões do mundo: por que não há greves na indústria armamentista”, explicou na coletiva de imprensa que deu na Casa de América.
“Todo mundo tem armas, vivemos numa sociedade de violência, que é aceita, onde a televisão nos diz todos os dias que a vida humana não tem qualquer importância”, refletiu o escritor de 86 anos.
O seu novo livro, “Caim”, questiona a figura de Deus descrito na Bíblia católica e tem como protagonista o filho de Adão e Eva. Diante das críticas que recebeu por causa da obra, Saramago explicou que “não escreve para agradar ou desagradar”. “Eu escrevo para desassossegar”, acrescentou.
