Grande parte de agricultores do distrito de Eráti, na província de Nampula, poderão abandonar a exploração da cultura de algodão nos próximos tempos como consequência do iminente encerramento da fábrica de processamento daquela cultura de rendimento, actualmente propriedade da PLEXUS.
A confirmar-se, o anunciado encerramentos não só provocará a queda da produção daquela cultura, como irá, igualmente, engrossar, de forma considerável, o exército de trabalhadores desempregados, sobretudo sazonais.. Dados em poder do nosso jornal referem que a unidade fabril em causa está, actualmente, em negociações bastante avançadas de trespasse.
Por outro lado, apuramos que a futura concessionária não prevê continuar o prcessamento daquela cultura no distrito, prevendo-se, consequentemente, a transferência da respectiva maquinaria para o distrito de Mocuba, enquanto que no Eráti as infraestruturas serão transformadas em armazéns. De acordo com um funcionário senior da PLEXUS, a venda daquela unidade fabril derivou da falta de ligação de energia eléctrica de Cahora Bassa, facto que acarretava elevados custos em consequência dos combustiveis que eram consumidos pelo grupo gerador que, ainda, funciona como alternativa.
A título de exemplo, refira-se que a PLEXUS no distrito de Eráti despende, em média mensal, perto de 40 mil litros de gasóleo para o gerador que assegura o funcionamento da indústria no processamento de algodão. Observe-se que o encerramento daquela unidade acontece numa altura em que a vila sede do distrito encontrase já ligada à energia de Cahora Bassa, e as perspectivas apontam para, antes do final do ano, a extensão energética à região onde se localiza.
A mesma fonte revelou-nos, ainda, que o empresário que adquiriu a fábrica de Eráti, também se mostrou interessado na compra da unidades fabris da PLEXUS localizadas em Montepuez, na vizinha província de Cabo Delgado.
