O líder da Renamo, Afonso Dhlakama, diz que caso lhe sejam roubados votos vai incendiar o país e a democracia vai acabar porque o seu partido vai tomar o poder a forca. Falando as jornalistas em Nampula, após ter desembarcado ido de Maputo, Dhlakama disse que a tolerância chegou ao fim. “Ou não vamos governar porque vamos perder justamente e reconhecer, ou alguém quer nos fazer perder. Acabou a paciência em Moçambique”.
Na ocasião, Dhlakama disse que está a acompanhar o processo de apuramento dos resultados e que já tinha começado a tomar algumas medidas relacionadas com as eleições, facto que, segundo ele, obrigou a Comissão Nacional de Eleições a reunirse na noite do dia 28 de Outubro (dia da votação), alegadamente para analisar a situação na Ilha de Moçambique.
Dhlakama diz que as eleições deverão ser repetidas na Ilha de Moçambique e caso isso não aconteça ele vai invalidar todos os resultados, porque houve irregularidades, alegando que no dia da votação os eleitores foram impedidos de votar. “Dhlakama já decidiu, ou se repete, ou serão invalidadas todos os votos na Ilha de Moçambique”, disse, Dhlakama, citado pelo diário “O País”.
Na sua onda de reclamações, Dhlakama disse que em Angoche, também na província de Nampula, 500 apoiantes seus foram a sede da Renamo entregar seus cartões de eleitor porque não conseguiram votar e, sem especificar o autor, disse que estes seus correligionários foram impedidos de exercer o seu direito de votar. O líder da Renamo garantiu que a sua posição “é irreversível”, e caso os órgãos eleitorais na acatem vai invalidar unilateralmente os resultados porque ele só esta pronto a aceitar a derrota se os resultados forem justos e transparentes.
Os resultados parciais das eleições presidenciais, legislativas e das assembleias provinciais que estão sendo divulgados desde a noite do dia da votação (28 de Outubro) apontam para uma vitória confortável da Frelimo e seu candidato, Armando Guebuza. A contagem parcial coloca o Movimento Democrático de Moçambique (MDM) e o seu candidato, Daviz Simango, em segundo, relegando a Renamo e Dhlakama para o terceiro plano.
Questionado sobre o porque de viajar a Nampula nesta altura, Dhlakama disse que regressava aquela parcela do país como sua nova residência e que não o fez no dia da votação por ter lhe faltado lugar nos aviões que fizeram a ligação entre Maputo e aquele ponto do país naquele dia.
