O candidato da Renamo as presidenciais de quarta-feira em Moçambique prometeu domingo, em Maputo, trabalhar junto a banca no sentido de conceder créditos bonificados aos pequenos operadores comerciais e outros agentes económicos que exercem suas actividades em microempresas de diferentes sectores da economia nacional.
Afonso Dhlakama falava a um grupo de vendedores do mercado informal “Estrela Vermelha”, centro da capital moçambicana, Maputo, numa das suas actividades do último dia da campanha eleitoral com vista as quartas eleições gerais e as primeiras para as assembleias provinciais, no país.
Para concretizar a sua promessa, o líder da Renamo, que domingo mesmo escalou o Município da Matola no círculo eleitoral de Maputo-Província, pediu voto dos vendedores daquele mercado e sobretudo dos jovens que, na sua óptica, não encontram oportunidades no mercado de emprego e se deparam com imensas dificuldades para realizar actividades de auto-emprego, por não responderem os requisitos exigidos pela banca como condição para terem acesso ao crédito.
“Eu, Dhlakama, quando estiver no poder vou falar com os bancos para que revejam o tipo de garantias que exigem como condição para qualquer cidadão obter o empréstimo. Vamos dizer aos bancos para que exijam requisitos que os pequenos operadores da nossa economia possam conseguir ter acesso. Não estou a dizer que os bancos não devem exigir nada, mas que o façam tendo em conta ajudar os pequenos agentes económicos, como vocês”, disse Dhlakama, cuja caravana visitou também o mercado de Xipamanine, onde voltou a pedir voto para si e para o seu partido.
Na ocasião, o candidato da Renamo criticou as instituições ligadas a administração da justiça no país, acusandoas de usar critérios não uniformizados no exercício da sua actividade, protegendo uns e condenando outros. “O que acontece agora é que os familiares dos dirigentes quando praticam qualquer crime nada respondem por ele, mas qualquer outro cidadão ou seja um sem ninguém apodrece nas cadeias, sem julgamento”, disse Dhlakama. Para corrigir este cenário, Dhlakama disse que, caso seja eleito, vai estabelecer “justiça para todos”.
“Hoje não há justiça em Moçambique. Eu e o meu governo vamos estabelecer uma justiça para todos, por isso peço o vosso voto”, concluiu o líder da Renamo. Dhlakama passou quase todo o período da campanha nas zonas norte e centro de Moçambique, tendo reservado este último dia para cidade de Maputo (a capital moçambicana), província de Maputo e, segundo uma fonte do partido, deverá também escalar a província de Gaza, todas no sul do país.