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O dever de votar

No próximo dia 28 o povo moçambicano vai ser chamado a exercer a sua mais importante responsabilidade na vida do país: VOTAR. Nesse dia, em várias latiudes, mas muito especialmente aqui, entre nós, do Rovuma à Ponta do Ouro, por todo este Moçambique imenso, através de uma campanha eleitoral que já está nos últimos dias, o povo está a ser exortado a participar nesse acto eleitoral que determinará três importantes escolhas: o Presidente da República de Moçambique, os Deputados que representarão o povo no Parlamento e, numa actividade mais interna, os seus representantes nas Assembleias Provinciais, facto que irá acontecer pela primeira vez. Como em todo o lado e em todos os actos desta natureza, acontece sempre um alheamento por acto tão importante como este.

A isso se chama abstenção e, com essa atitude, o eleitorado pensa estar a castigar o candidato ou o partido que o representa. Nada mais errado. Quem se abstém de votar perde, imediatamente, o direito de poder criticar qualquer dos eleitos por actos que possam vir a praticar no exercício das suas funções e com os quais não esteja de acordo. Quem não vota, perde a legitimidade. Votar é, por isso, assumir a responsabilidade máxima de escolher, livremente, os seus governantes ou representantes.

Mais do que isso, para além de uma obrigação cívica e de um direito adquirido, votar é ter-se a certeza de que se toma parte activa na vida do seu próprio país. Por vezes, ou quase sempre, mais atentas a “caçar” ou a “mendigar” votos, as campanhas eleitorais nem sempre são objectivas a doutrinar o eleitorado relativamente a estas questões, preferindo antes passar ao lado dos ensinamentos que, em consciência, estarão obrigados a deixar pelas aldeias por onde passam e pelos caminhos que percorrem.

Os partidos são sempre os primeiros a não educarem o povo sobre a importância que tem o voto de cada um. Ficam-se só, e apenas, pelo desejo de que votem em si. Votar no próximo dia 28, seja em que partido for, e em qualquer que seja o candidato, é a obrigação mais sublime e o direito mais indelével de qualquer cidadão. Votar é participar, porque votar é fazermos parte da sociedade a que pertencemos.

Não vou aqui prender-me, por desnessário, sobre como, na prátca se deposita o voto nas três urnas que, nesta eleição, terão pela frente. Importante, apenas, será dizer que esse momento deverá ser executado com muita atenção para que o voto não se torne nulo, o que não interessa a ninguém, e que o boletim de voto não seja entregue em branco, ou seja, sem nele se indicar aquela “cruzinha” que assinala em quem se vota. Se assim não for, não fica validamente expressa essa vontade e essa obrigação que fomos chamados a cumprir.

Em abono d’@Verdade, VOTAR é a arma que o povo tem para escolher, ou para castigar, livremente, os seus governantes mas, muito mais importante do que isso, também em abono d’@ Verdade, não votar será como que assumir a vergonha de não ser um filho digno do país onde nasceu e onde realiza a sua vida. Precisamente por isso, VOTAR é um dever.

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