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Avanços do G20, de Londres a Pittsburg

Os dirigentes do G20 estarão reunidos nas próximas quinta e sexta-feira em Pittsburgh (Estados Unidos) para avaliar os avanços realizados na luta contra a crise desde sua reunião de Abril em Londres e discutir medidas que possam impedir uma repetição.

— PLANOS DE REATIVAÇÃO E ESTRATÉGIA DE SAÍDA —

O G20 de Londres prometeu fazer “o esforço necessário para a retomada do crescimento”. Foram elaborados planos de reativação no valor de 5 trilhões de dólares, dos quais a metade ainda não foi adoptada. Este ano, 11 milhões de empregos devem ser salvos, mas isto não impedirá o aumento do desemprego. O G20 de Londres elaborou “estratégias de saída confiáveis, para acabar com a crise”. O G20 de Pittsburgh insistirá para que elas sejam aplicadas de forma coordenada e não sejam prematuras.

— A REFORMA DA REGULAÇÃO FINANCEIRA —

“Não vamos restaurar a confiança sem conseguir recuperar a credibilidade em nosso sistema financeiro”, constatou o G20 de Londres, prometendo reformas em todos os níveis.

– A regulação financeira, fonte de controvérsia:

Antes de mais nada, sobre os prêmios. Os países concordam em escaloná-los ou não pagá-los em casos de resultados insatisfatórios. Mas os europeus querem limitá-los e inclusive fixar um máximo, mas os americanos são contra. O presidente francês, Nicolas Sarkozy, muito interessado no assunto, afirmou no entanto nesta sexta-feira que era “flexível” sobre as modalidades para encurtá-las, abrindo assim um caminho para um consenso. Além disso, os americanos dão preferência a temas mais técnicos, como um aumento sistemático das exigências de fundos próprios para os bancos. Os europeus dizem que as normas de contabilidade, outro tema em debate, favorecem as entidades financeiras europeias. Sobre outros pontos, há consenso, como a necessidade de os bancos fazerem seu próprio testamento.

– Os paraísos fiscais “A era do segredo bancário terminou”, escreveu o G20 de Londres, que publicou uma lista “cinza” de países não cooperativos. Muitos países assinaram protocolos de intercâmbio de informação fiscal para sair dela. Foi adotado o princípio de aplicar sanções a partir de 2010. – Os fundos especulativos (hedge funds): O G20 de Londres quer que os maiores fundos se submetam a uma regulação similar à dos grandes bancos, mas continuam sendo motivo de debate, inclusive entre os europeus, pois Londres não quer muitas restrições. – Derivados de créditos: Considerados um dos vetores da crise financeira, sua regulação aumentou desde abril. Nos Estados Unidos, um texto pendendo de adoção pelo Congresso, prevê que sejam tipificados e possam ser trocados por “câmaras de compensação”, o que eliminaria o risco sistêmico ligado a estes produtos. Existe também um projeto de câmara de compensação para a zona euro.

— AUMENTO DOS RECURSOS E REFORMA DO FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL–

O G20 de abril reforçou o papel e os recursos desta instituição e antecipou a reforma de sua composição. O FMI reuniu os 500 bilhões de dólares de fundos extras decididos em abril, principalmente porque todos os países queriam dar boa impressão antes da reforma das cotas internas previstas daqui a janeiro de 2011, que deveria reduzir a da União Europeia em proveito dos países emergentes. Os europeus tentam ganhar tempo neste debate muito político pedindo análises muito detalhadas do cálculo destas cotas internas.

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