O Conselho Mundial da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) ouviu nesta segunda-feira em Paris os protagonistas do escândalo do Grande Prêmio de Cingapura de 2008 de Fórmula 1 e anunciará na parte da tarde sua decisão. A escuderia Renault F1, acusada por ter ordenado ao piloto brasileiro Nelsinho Piquet que provocasse um acidente para facilitar a vitória do companheiro de equipe, o espanhol Fernando Alonso, pode sofrer uma dura punição, incluindo a expulsão da Fórmula 1.
O caso aconteceu em 28 de Setembro de 2008 em Cingapura, quando Nelsinho Piquet provocou um acidente a pedido dos dirigentes da equipe, segundo a acusação do próprio piloto. Alonso, que largou em 15º em Cingapura, entrou nos boxes no início da prova, pouco antes de Nelsinho Piquet ter batido contra um muro e provocado a entrada na pista do safety car.
Alonso, aproveitando que os demais pilotos pararam nos boxes, ganhou várias posições, assumiu a liderança e venceu a prova. Como estava previsto, compareceram ao Conselho Mundial Piquet e Alonso, além do presidente da Renault F1, Bernard Rey. No entanto, os dois principais acusados do escândalo revelado por Nelsinho Piquet, o diretor da escuderia Flavio Briatore e o director técnico Pat Symonds, acusados de dar ordem ao brasileiro, não estavam presentes.
Os dois foram demitidos da Renault F1 no dia 16 de setembro. Depois de uma hora e meia de interrogatórios, os 26 membros do Conselho Mundial se retiraram da sala para deliberações e anunciarão a decisão ainda nesta segunda-feira.