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“Festival da Criança” termina em tragédia em Maputo

“Festival da Criança” termina em tragédia em Maputo

Um evento alusivo ao Dia da Criança na Cidade de Maputo, organizado pela empresa da artista Elisabete James, terminou com a morte de cinco pessoas, duas delas menores, e vários feridos. A superlotação do local, que tinha apenas um portão para a saída de pessoas, terá contribuído para que as vítimas fossem empurradas violentamente e caíssem desamparadas na vala de drenagem existente entre o Aqua park e a rua.

O “Festival da Criança” era um dos programas apetecíveis para a celebração do Dia 1 de Junho na capital moçambicana, desde as 11 horas de sábado (01) o intenso tráfego de viaturas, que resultou em congestionamento rodoviário na Rua Eng. Santos Resenoe, vulgarmente chamada de Dona Alice, e o movimento de pessoas indiciava uma enchente sem precedentes no chamado Aqua park.

O local com piscinas e amplo espaço aberto não tem infra-estruturas para acolher mais do que 5 mil pessoas, de acordo com um autoridade pública ouvida pelo @Verdade, “tem apenas dois acesso do exterior, meia dúzia de casas de banho e muros demasiado altos para realizar eventos com muita gente”.

O @Verdade apurou que terão sido vendidos cerca de 10 mil bilhetes, apenas para o 1º dia, o “Festival da Criança” tinha previsto acontecer também no domingo (02), aos quais se juntaram perto de 10 mil adultos, que como acompanhantes dos menores não pagavam a entrada.

“Segundo informações preliminares que recebemos o evento estava previsto receber cerca de 15 mil pessoas no entanto existe a hipótese de ter-se excedido este número, terá recebido 20 mil pessoas, que é um número que extravasa a capacidade do recinto”, disse a jornalistas este domingo (02) o porta-voz do Comando da Polícia da República de Moçambique, Leonel Muchina.

Eram cerca das 17 horas e o evento tinha terminado quando os presentes começaram a abandonar o local, contudo muitos com alguma pressa e originaram uma avalanche de pessoas no único portão que estava a permitir a saída de pessoas o que originou, de acordo com a fonte policial, que algumas pessoas caíram por cima de outras na vala de drenagem que fica junto a estrada, “resultou em desmaio e ferimento de nove indivíduos que prontamente foram socorridos ao Hospital Central de Maputo”.

“Infelizmente cinco das vítimas acabaram por perder a vida, nas quais quatro do sexo feminino e um masculino, sendo três adultos de aproximadamente 75, 60 e 45 anos de idade e dois menores de 7 12 anos de idade. Dos feridos um ficou internado e três que haviam desmaiado foram reanimados pelas equipas de socorro” esclareceu ainda Leonel Muchina.

Embora a organização tenha garantido que todas as medidas de preparação estavam acauteladas, além da sobrelotação, existem relatos que não existiam ambulâncias no Aqua park, aliás ao Hospital Central de Maputo as vítimas chegaram transportadas numa viatura da PRM, três, e as restantes numa viatura particular.

O @Verdade apurou que duas das vítimas eram mãe e filha, e que a idosa falecida tinha levado a neta para a festa do 1 de Junho. Durante o domingo algumas famílias ainda procuravam crianças que estiveram no “Festival” mas não tinha regressado à casa.

Enquanto decorrem investigações das autoridades o segundo dia do Festival foi cancelado. A lei de Espectáculos e Divertimentos Públicos prevê que em 48 hora o público deve ser reembolsado na totalidade o valor pago na aquisição do bilhete.

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