O DOCKANEMA recusa ser apenas uma efeméride de 10 dias, pretende dar um enfoque a projectos, iniciando alguns e participando noutros, que visem difundir o cinema moçambicano, promovendo a reflexão e a produção.
São exemplos dessa estratégia: A participação na revista DOCS.PT que contém artigos aprofundados sobre cinema moçambicano, seus protagonistas e historial, que está à venda no Dockanema 2009. Lançamento da primeira monografia sobre a História da cultura cinematográfica em Moçambique de Guido Convents do Afrika Film: “Um outro olhar sobre o história do cinema. A cultura do cinema e do audiovisual em Moçambique, com uma atenção particular à presença das imagens moçambicanas na Bélgica, na Flandres e nos Países Baixos (1896-1974)”.
Tendo sido adiada por motivos alheios, será apresentada em Bruxelas a 17 de Setembro com a Embaixada de Moçambique.
DOC – ACP e projecto estudo viabilidade de uma rede de cinema digital
O projecto Doc-ACP é financiado pelo programa ACP Films de apoio ao cinema e audiovisual na zona ACP (África, Caraíbas e Pacífico), e pela Agência Espanhola de Cooperação Internacional e consiste na criação de uma rede de festivais de cinema – Dockanema (Moçambique), Real Life Film Festival (Gana) – Zanzibar International Film Festival (Tanzania) e Festival de Cinema Africano de Tarifa (Espanha).
Esta apoia muito particularmente um estudo de viabilidade de criação de uma rede de salas digitais em Moçambique na qual o Dockanema está envolvido.
NOMADLAB
Laboratório de experimentação visual e reflexão sobre a linguagem cinematográfica e a sua relação com a realidade. Partindo da análise e discussão em torno de diversas propostas, exercícios, filmes e autores, procura-se construir um olhar crítico que utilize o cinema como instrumento de reflexão.
O principal desafio do laboratório NOMADLAB é introduzir a noção de Tempo como factor fundamental para a concepção e produção de um filme documental. Tempo para o desenvolvimento da Ideia; tempo para aprofundar uma relação com o Tema e o Objecto filmado; tempo para solidificar um ponto de vista e uma metodologia de abordagem; tempo para construir uma relação entre a câmara, a equipa e as pessoas a filmar. Nesse sentido a estrutura do laboratório dedica uma especial atenção ao período inicial de desenvolvimento do conceito e escrita do projecto.
No final dos 5 meses de duração do laboratório (de Julho a Novembro) o objectivo é ter produzido um conjunto de exercícios filmados que materializem as discussões e a reflexão ocorridas. De todo o processo resultarão um conjunto de curtas-metragens documentais, produzidas numa lógica de autonomia e independência de produção. A oficina é dirigida pelos realizadores Luísa Homem e Pedro Pinho.