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Gás natural:projecto de expansão vai envolver 700 trabalhadores

Um total de 700 trabalhadores serão envolvidos no processo de expansão do projecto de gás natural de Temane e Pande, na província de Inhambane, Sul de Moçambique, que permitira aumentar o volume de produção dos actuais 120 milhões de gigajoules (GJ) anuais para 183 milhões de GJ/ano.

O empreendimento, que esta sendo implementado pela petroquímica sulafricana Sasol, contempla a prospecção, produção e processamento do gás natural dos campos de Temane e Pande e o seu escoamento para Secunda, na Africa do Sul, através de um gasoduto de 895 quilómetros de extensão, dos quais 551 em Moçambique.

Segundo o director fabril daquele empreendimento, Jim Forster, nesta primeira fase, a expansão será realizada no chamado Bloco-A, entre Temane e Pande, mas que, futuramente, incluirá as áreas situadas a norte do rio Save. A AIM constatou, in loco, a realização de algumas actividades no Centro de Processamento do gás natural em Temane, marcadamente viradas a ampliação das infra-estruturas para poder responder ao fluxo de produção após a expansão. Forster revelou que as actividades incluirão, para alem de abertura de novos furos, a instalação de dois compressores, ampliação da subestação de energia eléctrica, construção de mais um tanque, aumento dos locais de armazenamento e instalação de mais infra-estruturas para a gestão de resíduos, entre varias componentes.

Igualmente, será construída uma nova estacão para desidratação do gás, uma unidade de refrigeração e outras actividades consideradas fundamentais para a execução do projecto de expansão. Forster falava durante a visita de quadros do Ministério moçambicano dos Recursos Minerais (MIREM) ao Centro de Processamento de Gás Natural de Temane, no âmbito do 24/o Conselho Coordenador da instituição, que terminou Quinta-feira no Município de Vilankulo, na província de Inhambane.

A expansão do empreendimento, segundo Forster, não vai alterar o número de trabalhadores efectivos, que actualmente se situa em cerca de 120, porque os 700 trabalhadores a serem empregues nas obras serão em regime de contrato. Actualmente, entre 500 a 600 trabalhadores estão naquele empreendimento em regime de contrato, através de empresas de prestação de serviços. Forster revelou que, no futuro, no quadro desenvolvimento do projecto, prevê-se a produção de gás de baixa pressão (domestico), pois acredita-se que o mesmo terá mercado garantido localmente.

Em Moçambique, o gás natural foi descoberto em 1962, quando a Gulf Oil fazia prospecção no campo de Pande. Depois de vários anos de tentativa de exploração, o Governo moçambicano, a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENG) e a Sasol chegaram a uma série de acordos históricos que permitiram o primeiro passo em direcção ao desenvolvimento duma significante indústria de gás natural na Africa Austral. `O início efectivo das actividades de produção foi em 2004, e, cinco anos depois, é considerado um empreendimento de sucesso.

Para permitir que a empresa executora continuasse a expandir a exploração do gás natural, o Governo moçambicano aprovou um contrato, em Junho último, que permitira levar este recurso natural a mais beneficiários. Actualmente, algumas empresas localizadas na cidade industrial da Matola, na província de Maputo, já usam o gás natural nas suas actividades produtivas.

De igual modo, os distritos de Vilankulo, Inhassoro e Govuro vem beneficiando de energia eléctrica gerada a partir do gás natural de Temane e Pande. Espera-se que, ate 2012, o gás natural venha a ser canalizado para abastecer algumas habitações e empresas das cidades de Maputo e Matola, distrito de Marracuene e, ainda Vilankulo, Inhassoro e Govuro.

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