O presidente sul-africano Jacob Zuma e a secretária de Estado norte-americana Hillary Clinton, em viagem pela África, comprometeram-se em reforçar suas relações, marcadas no passado por desavenças. Nos Estados Unidos e na África do Sul, “há dois (novos) governos que colocam estas relações em um nível superior”, declarou Zuma após se reunir durante 45 minutos com Hillary na cidade portuária sul-africana de Durban.
Zuma foi eleito presidente em maio, enquanto que o governo do presidente norte-americano Barack Obama assumiu suas funções em janeiro. “Trabalhamos mais estreitamente (…). Temos os mesmos objetivos por um continente em paz, progressista e próspero”, declarou Hillary, em consonância com as palavras do chefe de Estado sul-africano. “A ministra (sul-africana) das Relações Exteriores (Maite Nkoana-Mashabane) e eu mesma fomos encarregadas por nossos respectivos presidentes de reforçar (nossas relações)”, acrescentou.
Nos últimos anos, as divergências entre os Estados Unidos e a África do Sul estiveram relacionadas ao Zimbábue, pois o ex-presidente sul-africano Thabo Mbeki (1999-2008) era tido por Washington como muito conivente com as ações do chefe de Estado zimbabweano Robert Mugabe. Outras desavenças ocorreram durante a invasão norte-americana ao Iraque e em relação à luta contra a SIDA, quando Mbeki questionou a ligação entre o HIV e a Aids durante o seu governo. A África do Sul é o país mais afetado pela doença.
Na sexta-feira, no segundo dia de sua visita à África do Sul, Hillary já tinha dado o tom da mudança, afirmando que “o presidente Obama tinha uma vontade grande de trabalhar estreitamente com o presidente Zuma”. Ela também havia assegurado que os dois países atuariam, a partir de agora, “juntos por um Zimbábwe livre”.