O ministro moçambicano da energia, Salvador Namburete, reconhece que as negociações entre o Governo de Moçambique e as gasolineiras está lento, porém garante não haverá impasse. O Governo e gasolineiras retomaram as negociações na última segunda-feira, para o estabelecimento de compensação dos custos de combustíveis importados para o país, como forma de garantir que não haja nenhum agravamento dos valores de comercialização deste produto no mercado nacional.
Namburete considera que as negociações decorrem a um ritmo lento, uma vez que o acordo deve satisfazer todas as partes envolvidas. “O processo é lento, porque o que for acordado, deve satisfazer todas as partes envolvidas para que amanhã não apareça ninguém a dizer que se arrepende do que aceitou. As negociações prosseguem, mas não há nenhum impasse”, explicou. Um dos sinais de que ainda não houve consenso nas negociações foi a ausência da Directora Nacional de Combustíveis, Yolanda Cintura, que esteve ausente no V Conselho Coordenador do Ministério da Energia, encerrado na última quarta-feira, em Chidenguele, província de Gaza, no sul do país.
Namburete havia garantido aos participantes que Cintura estaria no encontro daquele Ministério a partir da última terça-feira, o que não aconteceu. “As negociações ainda não estão concluídas. Gostaria de sublinhar que apesar disso, temos todas as gasolineiras a distribuir combustíveis normalmente em todo o país. O ambiente não está tenso, está bom, mas continuamos a fazer acertos e o Governo continua a trabalhar”, referiu. Yolanda Cintura é a representante do Ministério da Energia nas negociações com as gasolineiras, representando igualmente, Salvador Namburete.
De referir que as negociações, iniciadas semana passada, foram interrompidas na última quinta-feira, para que os intervenientes pudessem avaliar as propostas e contra-propostas colocadas na mesa. Neste momento, as negociações estão a ser presididas pelo Ministro das Finanças, Manuel Chang, contando com a participação do Ministro da Planificação e Desenvolvimento, Aiuba Cuereneia, e com a representante do Ministério da Energia, para além das gasolineiras.
