Um total de 32 pessoas perderam a vida devido a acidentes de viação registados nas estradas moçambicanas durante a semana passada, de acordo com o informe do Comando-Geral da Polícia (PRM), segunda-feira passada, apresentado à imprensa. As vítimas são consequência de 83 acidentes de viação que também resultaram em 169 feridos, 61 dos quais em estado grave.
A maioria dos sinistros rodoviários aconteceu na província e cidade de Maputo, onde circulam mais de 75 por cento do total dos carros existentes no país. Nos últimos dias, os acidentes de viação são responsáveis por muitas mortes no país. Mais de 750 pessoas perderam a vida durante o primeiro Semestre deste ano. Na maioria dos casos, estes sinistros envolvem viaturas de transportadores semi-colectivos de passageiros “vulgo chapa” e camiões de carga.
“Da análise efectuada, concluímos que o excesso de velocidade, ultrapassagem irregular, corte de prioridade e condução em estado de embriaguês são as principais causas dos choques entre carros, atropelamentos, despistes e capotamento, e choques contra obstáculos fixo”, lê-se no informe do Comando da PRM hoje recebido pela AIM. A PRM diz que tem vindo a intensificar as suas actividades de fiscalização rodoviária visando reduzir o número de acidentes de viação, um trabalho que conta com a colaboração do Instituto Nacional de Viação (INAV) e a Administração Nacional de Estradas (ANE).
Uma campanha levada a cabo pelas três instituições na semana passada resultou na fiscalização de mais de 12.500 viaturas. Este trabalho culminou com aplicação de 2.341 multas a diversos condutores devido a irregularidades de variados tipos. Igualmente, outros 265 condutores foram penalizados por conduzirem a velocidades acima do normal e outros 31 ficaram sem as suas cartas de condução porque, após serem submetidos ao teste de alcoolemia, acusaram positivo.
Os condutores que viram as suas cartas de condução apreendidas poderão ficar um, cinco anos ou mesmo definitivamente sem conduzir, em função da gravidade do seu estado de álcool no organismo.