Os Estados Unidos, com dez medalhas de ouro, terminaram na liderança do quadro de medalhas do Mundial de Natação de Roma. O norte-americano Michael Phelps conquistou este domingo a sua 5.ª medalha de ouro (seis no total) no Mundial de natação, fechando da melhor forma um torneio “do outro mundo”.
O Mundial de Roma entra para a história como aquela onde foram batidos mais recordes do mundo: 43, mais do dobro dos máximos alcançados em 1973 (16). No 8.º e último dia de competição (que rendeu 4 novos máximos mundiais), a equipa masculina dos EUA quebrou o recorde absoluto dos 4×100 metros estilos, que já lhe pertencia, fazendo o extraordinário tempo de 3:27.28 minutos, retirando mais de 2 segundos ao anterior máximo.
Phelps nadou mariposa e esteve em grande nível, assim como o compatriota Aaron Peirsol. “Creio que uma competição como esta traz ao de cima o que de melhor há em mim. Não interessa quanta energia eu tenho ainda, pois dou tudo em cada prova”, afirmou o “tubarão de Baltimore”. Numa prova equilibrida e com um ritmo altíssimo (os 4 primeiros nadaram abaixo do anterior recorde de 3:29.34), a Alemanha de Paul Biedermann ficou com a medalha de prata, ao nadar a prova em 3:28.58. A Austrália ficou em 3.º com 3:28.64, à frente dos brasileiros de César Cielo, que terminaram também em grande estilo, com 3:29.26.
A alemão Britta Steffen foi outro dos destaques do dia (e da competição), ao quebrar o seu terceiro recorde mundial. Steffen venceu o ouro nos 50 m livres, depois de uma ponta final muito forte (23,73), vencendo a sueca Therese Alshammar em 2.º (23,88). De referir que Marleen Veldhuis, ex-recordista absoluta, ficou em 3.º, em ex aqueo com Cate Campbell (23,99).
Nos 50 metros costas, Liam Tancock voltou a ser a estrela da companhia. Um dia depois de bater o recorde mundial na meia-final da especialidade, o britânicon voltou a nadar abaixo do máximo mundial e levou o ouro para casa com 24,04. O anterior campeão do mundo, o sul-africano Gerhard Zandberg, ficou em 3.º com o tempo de 24,34.
Yuliya Efimova levou o ouro na prova dos 50 metros bruços, nadando a prova em 30,09 segundos, novo recorde do mundo. A canadiana Amanda Reason, anterior n.º1, ficou em sétimo lugar na final.
Numa edição onde Michael Phelps (leva já 25 medalhas de ouro mundiais), do lado masculino, e a italiana Federica Pellegrini (2 medalhas de ouro, nos 200 e 400 m livres, e 3 recordes), no setor feminino, foram os grandes destaques em Roma, é também justo realçar a prestação do brasileiro César Cielo, que venceu a prova rainha dos 100 metros livres, tornando-se o primeiro homem a nadar a distância abaixo dos 47 segundos (46,91).
Já Paul Biedermann ficou na retina dos amantes da modalidade por ter sido o primeiro a impôr uma derrota a Phelps numa final em…5 anos, na prova dos 200 m livres. O alemão conquistou também o ouro nos 400 m livres. Ryan Lochte, compatriota de Phelps, foi outra das figuras ao levar 4 medalhas de ouro para casa, duas delas individuais.
| os | País | Ouro |
Prata |
Bronze |
Total |
| 1 | Estados Unidos | 10 | 6 | 6 | 22 |
| 2 | Alemanha | 4 | 4 | 1 | 9 |
| 3 | China | 4 | 2 | 4 | 10 |
| 4 | Austrália | 3 | 4 | 9 | 16 |
| 5 | Itália | 3 | 0 | 1 | 4 |
| 6 | Grã-Bretanha | 2 | 3 | 2 | 7 |
| 7 | Hungria | 2 | 1 | 3 | 6 |
| 8 | Sérvia | 2 | 1 | 0 | 3 |
| 9 | Brasil | 2 | 1 | 0 | 3 |
| 10 | Rússia | 1 | 5 | 1 | 7 |
| 11 | Japão | 1 | 2 | 1 | 4 |
| 12 | Tunísia | 1 | 2 | 0 | 3 |
| 13 | Dinamarca | 1 | 1 | 0 | 2 |
| 14 | Suécia | 1 | 1 | 0 | 2 |
| 15 | Zimbábwe | 1 | 1 | 0 | 2 |
| 16 | África do Sul | 1 | 0 | 2 | 3 |
| 17 | Holanda | 1 | 0 | 1 | 2 |
| 18 | França | 0 | 3 | 3 | 6 |
| 19 | Canadá | 0 | 2 | 1 | 3 |
| 20 | Polônia | 0 | 1 | 0 | 1 |
| 21 | Espanha | 0 | 0 | 3 | 3 |
| 22 | Romênia | 0 | 0 | 1 | 1 |
| Lituânia | 0 | 0 | 1 | 1 | |
|
Áustria Noruega |
0 0 |
0 0 |
1 1 |
1 1 |
Este quadro não inclui as medalhas dos desportos aquáticos
