A guerrilha colombiana das Farc negou esta terça-feira que tenha financiado parte da campanha eleitoral do presidente do Equador, Rafael Correa, em referência ao vídeo que mostra um líder rebelde fazendo declarações neste sentido.
“Como nova cortina de fumaça e na tentativa de agredir o senhor presidente do Equador, Rafael Correa, Washington e Bogotá manipularam um vídeo das Farc mudando o contexto do documento”, afirma a guerrilha em um comunicado na Internet da agência Anncol, que divulga informações do grupo. “Negamos ter entregue dinheiro a qualquer campanha eleitoral de qualquer país vizinho”, afirma o comunicado, assinado pelo Secretariado das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
No vídeo em questão, gravado em maio de 2008, o comandante militar rebelde Jorge Briceño, mais conhecido como ‘Mono Jojoy’ revela uma “ajuda em dólares para a campanha de Correa”. A gravação foi encontrada em uma batida feita em um apartamento de Bogotá, durante a qual a polícia capturou Adela Perez Aguirre, a “Camila”, que pertencia à Frente Antonio Narino das Farc, segundo o Ministério Público colombiano.
Correa foi eleito em 2006 para governar por quatro anos, mas graças a uma reforma constitucional promovida por seu governo, apresentou-se em eleições antecipadas em abril, conseguindo um segundo mandato, até 2013, e que começará no dia 10 de agosto. O suposto financiamento das Farc envolve a eleição de 2006.