O dossier do capitão Thomas Sankara e dos seus companheiros mortos durante um golpe de Estado em Outubro de 1987, conheceu um avanço considerável em 22 meses, declararam quarta-feira os advogados das famílias durante um briefing com a imprensa em Ouagadougou.
“É difícil ser exaustivo. Mas saibam que o que acabamos de expor é o resumo de cerca de 22 meses de trabalho desde a ordem de informar dada durante a transição que vocês podem comparar com os 18 anos de processos diversos que levamos a cabo desde 1997 na era de Blaise Compaoré”, sublinhou um dos advogados.
Bénéwendé Sankara, que não tem nenhum laço de parentesco com o Presidente Sankara. “Pode obter-se um julgamento nos próprios dias, meses ou anos. Mas o essencial, para o povo neste dossier, é a manifestação da verdade”, acrescentou.
Thomas Sankara, o pai da revolução burkinabe e doze dos seus companheiros foram mortos durante um golpe de Estado protagonizado por Blaise Compaoré, então um dos seus companheiros de armas.
A defesa de Thomas Sankara precisou que o juiz de instrução procedeu à inculpação de 14 pessoas e ao lançamento de dois mandados de captura internacionais contra o ex-Presidente Blaise Compaoré e Hyacinthe Kafando, enquanto 100 pessoas foram ouvidas.
Blaise Compaoré exilou-se na Costa do Marfim, desde o seu derrube a 31 de Outubro de 2015 opor uma revolta popular, após 27 anos de poder ditatorial.