KPMG, no seu último relatório de avaliação do desempenho da economia nacional, considera que os ramos de alimentação e bebidas como os sectores que mais contribuiram para o melhoramento do ambiente de negócios em Moçambique, pelo facto destes sectores terem registado um crescimento assinalável dos níveis de produção e consumo de produtos nacionais.
De acordo com a pesquisa da KPMG, o sector de alimentação registou um aumento dos níveis de produção dos lacticínios, para além do aumento de empresas produtoras de óleos refinados e a sua colocação do produto em todo o país. O documento refere ainda que os agentes económicos que participaram na pesquisa, têm uma percepção positiva sobre o ambiente de negócios a nível sectorial durante o período em análise, realçando que os maiores índices de negócios aconteceram nos sectores de alimentação e bebidas, industria, agricultura e pesca, com 116.68 por cento, 111.0 por cento e 106.86 por cento, respectivamente.
Por outro lado, os sectores para os quais os actores económicos apresentaram uma percepção menos positiva, são os da banca, leasing e seguros, hotelaria e turismo com índices sectoriais de 100.04 por cento e 103.01 por cento, respectivamente. Estes dados foram recolhidos e tratados pela KPMG entre o último trimestre do ano passado e o primeiro deste ano, onde o maior enfoque foi a percepção dos diferentes actores económicos sobre o ambiente de negócios e as suas expectativas para o corrente ano. A referida pesquisa fez uma avaliação com base anual quanto as percepções do sector empresarial em relação a um conjunto de factores chave no desempenho dos seus negócios em Moçambique.
Segundo documento produzido pela KPMG, o sector da indústria o ambiente de negócios foi avaliado positivimente devido a algumas medidas tomadas pelo Governo moçambicano no concernente a sua expansão, onde se destaca a melhoria na implementação do diploma que estabelece o regime aduaneiro para indústria transformadora. Quanto ao sector da agricultura, refere-se que foram tomadas várias medidas pelo governo com vista a assegurar um maior nível de produção e produtividade agrária por forma a garantir o alcance da segurança alimentar. Dentre elas, destacam-se a criação de mecanismos para a implementação de programas específicos de intensificação e diversificação da produção agrícola, o fomento da tracção animal, disseminação de tecnologias de produção agrícola, distribuição de sementes melhoradas e outros insumos em áreas com alto potencial agroecológico.
Relativamente ao sector de pescas, destaca-se a introdução de acções orientadas para o desenvolvimento sustentável das actividades deste sector, com destaque para a melhoria das condições de vida das comunidades pesqueiras. Estas intervenções de acordo com o relatório da KPMG, incidem sobre a melhoria das condições técnicas de pesca e conservação do pescado, introdução de tecnologias de pesca melhoradas, construção de infra-estruturas sociais e comunitárias, como por exemplo, mercados para a venda de pescado, escolas, unidades sanitárias, fontes de água, manutenção das vias de acesso aos centros de pesca, acesso aos serviços financeiros, aprovisionamento em insumos de pesca, entre outros.