A Corte Permanente de Arbitragem (CPA) de Haia reduziu esta quarta-feira a superfície da região petrolífera sudanesa de Abyei, reivindicada tanto pelo governo de Cartum como pela ex-rebelião do Sul, modificando as fronteiras que delimitam o norte e o leste.
“Confiamos que as partes executarão a sentença de boa fé”, declarou o presidente do tribunal da Corte Permanente de Arbitragem, Pierre Marie Dupuy. Em dezembro de 2008, o governo do Sudão e os ex-rebeldes do Movimento de Libertação do Povo do Sudão (SPLM) submeteram sua reclamação sobre as fronteiras da região a essa instância judicial.
Em maio de 2008, enfrentamentos armados nessa zona causaram mais de cem mortes. Ante o temor de novos combates depois da arbitragem de Haia, a ONU posicionou efetivos extras para a manutenção da paz na zona limítrofe entre o norte muçulmano e o sul majoritariamente cristão ou animista.
A violência pode colocar em perigo o Acordo de Paz Global (CPA), que as partes concluíram em 2005 depois de 20 anos de guerra civil.