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Cidadã queima sobrinhos na Matola

Uma cidadã deitou água quente no corpo de dois sobrinhos órfãos de pai, causando-lhes vários ferimentos profundos no corpo, supostamente por eles terem consumido comida sem a sua permissão, no bairro de Ndlavela, no município da Matola, província de Maputo.

As vítimas perderam o pai na semana passada e os maus-tratos a que foram sujeitos aconteceram numa altura em que o corpo do progenitor ainda não foi enterrado.

O episódio gerou pandemónio no quarteirão 05, onde os moradores exigem a expulsão da mulher em causa, também acusada de maltratar o seu marido. Um dos petizes ficou internado por contada gravidade de queimaduras.

Em contacto com a imprensa, a indiciada não proferiu nenhuma palavra. Porém, Emídio Mabunda, porta-voz da Polícia da República de Moçambique (PRM) naquela parcela do país, disse que a senhora é irmão dos pais das crianças que queimou.

A mãe dos menores abandonou-as, há tempo, na África do Sul e não se sabe qual é o seu paradeiro. As crianças vivem com a senhora, ora a contas com as autoridades policiais, desde Dezembro do ano passado. Elas foram levadas naquele país para que passassem “a viver com a tia paterna, mas foram submetidas a maus-tratos e a situação era mantida em segredo”.

De acordo com o agente da Lei e Ordem, a água usada para queimar os petizes foi calculadamente fervida num fogão eléctrico. “Socorremos as crianças e neste momento encontram-se num orfanato (na Matola)”.

Um pouco por todo o país têm sido reportados, de forma recorrente, situações em que os pais e encarregados de educação maltratam os filhos, inclusive queimando-nos.

Na cidade da Beira, província de Sofala, por exemplo, um cidadão queimou a mão direito da sua filha, de cinco anos de idade, supostamente porque roubou um peixe na sua ausência. O caso deu-se no bairro Vaz, em Junho deste ano. A vítima sofria tantas outras sevícias nas mãos do próprio pai.

Na capital moçambicana, uma outra cidadã foi recolhida aos calabouços sob acusação de passar um ferro quente de engomar no corpo de uma criança de 10 anos de idade, supostamente devido a uma briga entre a sua filha e a vítima.

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