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Presidente da República e Renamo incluem mais membros na equipa que prepara diálogo político, mas o centro de Moçambique está a tiros

O Presidente da República, Filipe Nyusi, alargou na terça-feira (28) a equipa do Governo que integra a Comissão Mista que prepara o diálogo político com o maior partido da oposição em Moçambique, a Renamo, numa altura que em que a aproximação das partes com vista à pacificação do país é ofuscada por confrontos no centro do país, facto que forçou o regime a alargar as escoltas militares na Estrada Nacional número sete (EN7). Assim foi no último mandato do ex-estadista, Armando Guebuza, até que em Setembro de 2014 foi assinado um acordo que durou muito pouco tempo.

O Chefe de Estado indicou António Hama Thai, Alfredo Gamito e Edmundo Galiza Matos Júnior para se juntarem a Jacinto Veloso, Benvinda Levi e Alves Muteque, na preparação das tão propaladas conversações, que serão antecedidas por um encontro entre Filipe Nyusi e o líder da Renamo, Afonso Dhlakama.

A designação dos três novos elementos acontece após a “Perdiz” ter também alargado, na semana passada, a sua equipa, indigitando Jeremias Pondeca, Maria Joaquina e Leovegildo Buanacasso para o mesmo fim. Estes membros juntar-se-ão a José Manteigas, Eduardo Namburete e André Majibire.

Filipe Nyusi aceitou, há dias, a exigência da Renamo de retomar o diálogo político mediante a presença do estadista sul-africano, Jacob Zuma, da Igreja Católica e da União Europeia (UE). “Eu digo, vamos aceitar que haja esse tipo de pessoas para podermos falar, mas o importante é para falarmos, terminarmos a guerra e desenvolvermos Moçambique”.

Na sequência da tal anuência, o Executivo anunciou, ao fim de mais uma ronda da Comissão Mista, que tinha iniciado o envio de convites àqueles organismos internacionais para mediarem as negociações entre as duas alas em conflito no país.

Não é a primeira vez que o Governo e Renamo recorrem à mediação nacional e internacional para ultrapassar a crise política. Em 2015, após abraços e apertos de mão entre o antigo Presidente, Armando Guebuza, e Afonso Dhlakama, foi criada a Equipa da Missão de Observação da Cessação das Hostilidades Militares (EMOCHM), a qual viria a ser desactivada por fracasso no seu trabalho.

Desde essa altura, os momentos de incerteza devido à guerra tendem a piorar.

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