O presidente eleito das Filipinas, Rodrigo Duterte, prefeito da cidade de Davao conhecido por seu discurso áspero, anunciou nesta terça-feira planos de uma reforma no sistema de governo do país que devolveriam o poder da “Manila imperial” para as províncias há muito tempo negligenciadas.
Antecipada por pesquisas na segunda-feira, a vitória de Duterte ainda não foi confirmada, mas uma contagem extra-oficial de votos realizada por um organismo regulatório autorizado pela comissão eleitoral mostrou que ele tem uma enorme dianteira sobre seus dois concorrentes mais próximos, que já reconheceram a derrota.
Até a tarde local desta terça-feira, a contagem revelava que Duterte tinha quase 39 por cento das urnas. Com 92 por cento das urnas apuradas, ele tem mais de 6 milhões de votos a mais que o segundo colocado em um universo de 54 milhões de eleitores.
Não está claro quando a vitória de Duterte será anunciada oficialmente, mas ele deve assumir o cargo no dia 30 de Junho.
O porta-voz de Duterte, Peter Lavina, disse em uma coletiva de imprensa que o novo presidente irá buscar um consenso nacional para uma revisão da constituição que trocaria uma forma de governo unitária por um modelo parlamentarista e federalista – coerente com sua postura de desafio ao establishment do país, que ele acusa de ser ensimesmado e corrupto.