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Mais 24 cidadãos morrem por acidentes de viação e os condutores continuam sem sentir a mão pesada das autoridades

Os condutores que, deliberadamente, desrespeitam as regras de trânsito e causam vários danos a pessoas – alguns dos quais irreversíveis – e a propriedades alheias, não só continuam foram das estatísticas sobre a sinistralidade rodoviária que semanalmente são divulgadas pelas autoridades policiais moçambicanas, como também a situação sugere haver impunidade. Entre 09 de 15 de Abril corrente, pelo menos 24 pessoas perderam a vida e 76 contraíram ferimentos, 23 das quais com gravidade, com consequência de 30 acidentes de viação. Dos dados da Polícia, não consta nenhum condutor penalizado por conta desta desgraça que parece ter-se transformado num problema comum e pouco comovente.

Há falta de punho parte do Governo. No período em questão, a Polícia da República de Moçambique (PRM) diz ter confiscado 201 cartas de condução porque os seus proprietários faziam-se ao volante sob o efeito de álcool e deteve sete indivíduos por condução ilegal. Sabe-se, porém, que a medida imediata, na maior parte dos casos desta natureza, é a privação de liberdade por algumas horas/dias, numa cela, do protagonista do sinistro mas depois não se sabe até que ponto foi punido.

Inácio Dina, porta-voz do Comando-Geral da PRM, disse, na terça-feira (19), à imprensa, que as principais causas dos 30 acidentes registados na semana finda, 13 dos quais do tipo atropelamento carro-peão, foram o excesso de velocidade, as ultrapassagens irregulares, o corte de prioridade e a má travessia de peões. Não se sabe qual foi a sorte dos mentores desta situação.

Na capital moçambicana, a Avenida de Moçambique (EN1), é a que registou mais acidentes, seguida pelas províncias da Zambezia e de Nampula, onde o derramamento de sangue e luto ocorreu nas estradas nacionais número 10 (EN10) e 12 (EN12) registaram mais sinistros.

Ao longo da semana em alusão, a Polícia de Trânsito (PT) fiscalizou 42.621 carros, emitiu 6.182 multas e confiscou 93 viaturas.

Numa outra operação, 2.276 indivíduos caíram nas mãos da Polícia por cometimento de diversos crimes, dos quais 2.156 por violação de fronteiras, 111 ciúmes e nove por imigração ilegal.

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