A Câmara dos Deputados brasileira iniciou nesta sexta-feira a primeira das três sessões que decidirão se o trâmite para um julgamento visando a destituição da Presidente do Brasil, Dilma Rousseff, chegará ao Senado, que terá a palavra final sobre o caso.
A sessão começou no meio de um alvoroço de deputados da oposição que durante a abertura do debate gritavam “viva a democracia” e outras palavras de ordem a favor da destituição.
Os debates na Câmara Baixa vão-se prolongar até domingo, quando será votado se o processo deve chegar ao Senado.
Nesta primeira sessão, no plenário da Câmara Baixa serão ouvidos representantes da acusação e também o Advogado Geral da União, José Eduardo Cardozo, que neste processo representa a presidente Dilma.
Depois, os chefes dos grupos dos 27 partidos representados na Câmara dos Deputados poderão tomar a palavra por um máximo de uma hora cada, o que pode fazer com que a sessão termine durante a manhã do sábado.
Nesse dia, haverá uma segunda sessão de debates, na qual poderão discursar os 513 deputados, e no domingo será realizada a votação, que deve terminar no início da noite.
Se os parlamentares se inclinarem por prosseguir com o processo, o Senado deverá definir, num prazo ainda não estabelecido, se acabará a ser aberto um julgamento político contra Dilma.
Caso o processo seja aberto, Dilma seria obrigada a deixar o cargo por 180 dias, tempo em que o Senado terá para realizar o julgamento e nesse período seria substituída pelo vice-presidente Michel Temer, primeiro na linha sucessória e também sob ameaça de um julgamento político.