As fronteiras terrestres do Niger serão encerradas de 21 a 22 de fevereiro à meia-noite para garantir o bom desenrolamento das eleições presidenciais e legislativas, anunciou o Governo. Domingo, cerca de sete milhões de 500 mil de nigerinos deverão escolher o Presidente da República e 171 deputados.
Quinze candidatos, incluindo o Presidente cessante, Mahamadou Issoufou, disputam as eleições presidenciais, enquanto 35 partidos políticos e oito independentes concorrem para os 171 assentos de deputados.
A campanha eleitoral, que terminou sexta-feira à meia-noite, foi manchada por violências.
Com uma população estimada em cerca de 18 milhões de habitantes, dos quais mais de 90 porcento muçulmanos, o Níger, amplo território da África Ocidental com perto de um milhão e 300 mil quilómetros quadrados, conheceu quatro golpes de estado, sete Repúblicas e oito Constituições desde a sua independência em 1960. Cerca de 70 porcento da população tem menos de 25 porcento e 76 vive abaixo da linha da pobreza, visto que o país é regularmente abalado por crises alimentares.
Em 2016, dois milhões de nigerinos deverão necessitar de assistência alimentar, segundo a ONU.
Tal como os países da faixa sahelo-sariana, o Níger é igualmente abalado pela insegurança devido às ameaças dos terroristas do grupo Boko haram, apesar de o Presidente cessante, Mahamadou Issoufou, revelar quinta-feira durante o seu último comício que o seu país era “uma ilhota de paz”.
Além do uránio, do qual é o quarto produtor mundial, o Níger tornou-se oficialmente desde 2011 produtor de petróleo.