Um cidadão identificado pelo nome de Cristóvão Marcos Inoque, de 32 anos de idade, foi baleado mortalmente na manhã deste domingo(07) na cidade da Beira, na província de Sofala, por um agente da Polícia da República de Moçambique(PRM) aparentemente embriagado. O agente acabou por ser espancado por populares revoltados.
Testemunhas oculares disseram ao jornal Diário de Moçambique que a vítima, que exercia a profissão de condutor de taxi “txopela”, acabava de transportar uma passageira para a cercanias das barracas situadas no bairro de Matacuane quando foi agredido por dois agentes da PRM, que estavam num dos estabelecimentos de venda de bebidas alcoólicas.
Ana Leopoldina, empregada da barraca onde iniciou a confusão, disse ao jornal Diário de Moçambique que os dois polícias embriagados discutiam com um indivíduo por causa de uma conta de cerveja e viram Cristóvão mexer no seu aparelho de telemóvel direccionado para eles. Desconfiaram o taxista estivesse a filma-los e exigiram que ele lhes entregasse o telemóvel, apesar de a vítima ter explicado que a se comunicava com a sua esposa.
“Os polícias não quiseram saber. Pegaram na vitima à força e arrastaram-na até à estrada. Foi lá onde o mataram a tiro”, relatou a testemunha. “Durante a noite do sábado para domingo, estiveram a beber na minha barraca quatro agentes da PRM, dois fardados e dois a civil, todos armados. Por volta das 23:00 horas, um gente a civil abandonou os três colegas e foi-se. O outro civil saiu esta manhã, antes do crime. Os policias fardados, que cometeram o crime, todos estavam grossos”, acrescentou Ana Leopoldina ao jornal Diário de Moçambique.
Nélson Baptista, outra testemunha ocular do incidente, corroborou o testemunho de que os policias passaram a noite toda a consumir bebidas alcoólicas na barraca. Acrescentou que isso é normal, alegando que estão a fazer a patrulha.
“É sempre assim. Os policias, no lugar de protegerem o cidadão, passam noites nas barracas a beber e depois de estarem embriagados, começam a brincar com armas, ameaçando pessoas”, disse ao jornal Diário de Moçambique.
Entretanto populares que presenciaram o baleamento enfureceram-se com o crime e revoltaram-se espancando o agente da PRM autor do disparo mortal, que veio a ser socorrido por seu colegas e evacuado para Hospital Central da Beira (HCB), onde encontra-se sobre cuidados intensivos na sala de reanimação .