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Forte Cape Coast foi uma área chave do tráfico negreiro europeu

Com canhões apontados para o mar, o forte ganense de Cape Coast, que será visitado no sábado pelo presidente americano Barack Obama com a esposa Michelle, foi um lugar muito importante do tráfico de negros para a Europa na antiga Costa do Ouro, que hoje se chama Gana.

Desta imponente construção branca do século XVII, 160 km ao oeste da atual capital Acra, milhares de africanos partiram para a “viagem sem retorno” rumo a Europa e América. Pacientemente restaurado, o forte Cape Coast, ao lado do Elmina, é o mais importante de Gana e integra a lista de patrimônio mundial da Unesco.

Ao longo de quase toda a costa de Gana há dezenas de fortes escravagistas, alguns deles em ruínas, devorados pela vegetação e a brisa marinha. No início, Cape Coast era um centro comercial para o ouro e as madeiras preciosas, mas rapidamente passou a ser utilizado para a exportação de escravos. Os calabouços nos porões e um museu no forte são os testemunhos atuais do período de tráfico.

A própria cidade foi construída pelos conquistadores portugueses no século XV e foram os colonos holandeses que decidiram erguer em 1637 este grande forte, com um pátio interno em forma de trapézio e torres de vigilância que dominam o golfo de Guiné. A obra seguiu com os suecos em 1653 e com os dinamarqueses 10 anos depois.

Em 1700 os ingleses ocuparam finalmente o edifício, do qual fizeram o centro de sua administração colonial, ao transforma Cape Coast em capital da então chamada Costa do Ouro.

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