O primeiro-ministro tunisino, Habib Essid, interrompeu a sua visita ao estrangeiro para regressar ao seu país, onde vai presidir sábado à reunião extraordinária do Conselho de Ministros depois dos protestos generalizados que abalam a Tunísia devido ao desemprego importante dos jovens, anuncia um comunicado oficial publicado quinta-feira.
O chefe do Governo tunisino devia continuar a sua visita à Suíça até sábado para participar no Fórum Económico de Davos. Por outro lado, a União dos Trabalhadores Tunisinos apelou quinta-feira aos manifestantes a proteger o seu movimento para que não seja transformado em atos de pilhagem e de destruição, o que arrisca prejudicar o interesse público e privado.
A União dos Trabalhadores Tunisinos lançou este apelo na sequência dos eventos que qualificou de dolorosos registados nalgumas regiões do país para exigir empregos. Ela exortou o actual Governo a acelerar a tomada de medidas imediatas para reduzir os confrontos e enfrentar de forma urgente os problemas no domínio do emprego, desenvolvendo as regiões pobres e marginalizadas.
O sindicato apelou a todas as componentes da sociedade civil a ajudar na proteção dos bens públicos e privados para evitar uma recuperação do movimento por pessoas motivadas por outros objetivos além dos prosseguidos pelos jovens manifestantes.