As mortes por acidentes de viação aumentaram de 20, entre de 02 a 08 de Janeiro corrente, para 26, de 09 a 15 do mesmo mês, em diversas estradas moçambicanas, e o número de pessoas que contraíram lesões graves e ligeiras passou de 53 para 69, o que atesta a necessidade de se redobrar as medidas de segurança e maior consciência na via pública.
De 09 de 15 de Janeiro, a Polícia da República de Moçambique (PRM) registou 38 acidentes de viação, contra 32, em igual período do ano passado, em que houve 20 óbitos. Trinta e três cidadãos contraíram ferimentos graves (contra 22) e outros 36 ficaram ligeiramente lesionados (contra 31).
Na semana anterior a a que nos referimos, a Polícia queixou-se do facto de os automobilistas não terem “destreza para evitar atropelar o peão” e estes em algum momento não conseguem recorrer a “mecanismos adequados para atravessar a via pública”. Todavia, dos 38 sinistros, 14 dos quais foram atropelamentos mortais do tipo carro-peão, o responsável foi indubitavelmente o condutor, que não observou as regras estabelecidas no Código da Estrada, segundo Inácio Dina.
Os protagonistas da “chacina” excederam a velocidade, faziam-se ao volante sob o efeito de álcool, efectuaram manobras perigosas e o chocante é que as vitimas foram atropeladas nas passadeiras e em outros locais destinados à circulação de peões. “Lamentamos o facto de a segurança rodoviária ter sido desagradável ao longo da semana”, disse o porta-voz do Comando-Geral da PRM.
As autoridades da Lei e Ordem registaram ainda 10 choques entre viaturas, alguns despistes e capotamento, colisões entre veículos e motorizadas e uma queda de passageiro. Na referida semana, as campanhas de educação cívica, que de longe parecem não surtir os efeitos desejados, abrangeram 44.593 peões, 27.815 mil automobilistas, 6.118 ciclistas, 16.002 vendedores e 9.302 motociclistas.
A PRM reitera o apelo com vista à observância das recomendações de trânsito e maior atenção com o pavimento, que se encontra escorregadio nesta época de chuva.
A Polícia de Trânsito (PT) fiscalizou 49.641 viaturas, impôs 7.885 avisos de multa, aprendeu 707 veículos, 118 carta e 57 livretes confiscados por várias irregularidades e 18 pessoas presas por condução ilegal.
Outros 2.956 indivíduos caíram nas mãos da PRM por cometimento de diferentes crimes, 142 dos quais considerados delitos comuns e 2.812 por violação de fronteiras.
