Pelo menos oito pessoas morreram após a passagem pelo centro das Filipinas do tufão Melor, que castigou a região durante dois dias com ventos de até 185 km/h e fortes chuvas que causaram grandes danos materiais, informaram nesta quarta-feira as autoridades locais.
O Conselho de Gestão e Redução do Risco de Desastres só confirmou a morte de um homem de 31 anos, que foi atingido por parte de um telhado que se desprendeu de uma casa por causa dos fortes ventos na província de Samar do Norte.
No entanto, as autoridades locais das províncias atingidas pelo ciclone comunicaram a morte de mais sete pessoas. Desse total, três morreram afogadas em Samar do Norte, segundo indicou um oficial do departamento de desastres da província, Jonathan Baldo, à emissora “dzMM”.
As outras quatro mortes ocorreram em Mindoro Oriental, informou o governador provincial, Alfonso Umali, em entrevista ao canal de televisão local “ANC”. “Este foi o pior tufão em Mindoro Oriental nos últimos dez anos. Grande parte da província ficou sem energia elétrica”, destacou Umali.
O Conselho de Gestão e Redução do Risco de Desastres indicou em seu último relatório que o tufão Melor danificou a rede elétrica de pelo menos uma província, cinco cidades e 88 municípios, por isso, centenas de milhares de pessoas ficaram sem luz.
O Melor também forçou a retirada de mais de 730 mil pessoas de suas casas e causou grandes danos na infraestrutura e em milhares de imóveis. Somente na província de Samar do Norte, mais de 7 mil casas ficaram completamente destruídas, segundo as autoridades.
O tufão deixou o território filipino durante noite, várias horas depois do previsto pela agência meteorológica Pagasa, depois que o sistema desacelerou o seu deslocamento ontem, de 17 para 9 km/h. Apesar disso, 12 províncias seguem em estado de alerta e mais da metade delas suspenderam as aulas em todos os centros educativos devido à possibilidade de que as intensas chuvas continuem.
Enquanto Melor, que é chamado de “Nona” pelas autoridades locais, ainda se encontra nas águas territoriais do arquipélago das Filipinas, outra forte tempestade pode chegar ao país.
Segundo anunciou ontem o Centro de Advertência de Tufões dos EUA, um “ciclone tropical importante” está se deslocando a uma velocidade de 17 km/h no Oceano Pacífico em direção noroeste, rumo ao arquipélago asiático. Entre 15 e 20 tufões passam todos os anos pelas Filipinas durante a temporada de chuvas, que começa geralmente em Junho e termina em Novembro.
