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Mineradora Samarco reconhece possibilidade de rompimento de outras duas barragens no Brasil

A mineradora Samarco, que pertence à Vale e à anglo-australiana BHP, admitiu nesta terça-feira que há risco de rompimento de outras duas barragens de resíduos próximas à região Mariana, no estado brasileiro de Minas Gerais, o que seria uma repetição do acidente que inundou seis comunidades, afectou seriamente um rio e causou a morte de pelo menos onze pessoas no último dia 5.

O diretor de operações e infraestrutura da Samarco, Kléber Terra, reconheceu a possibilidade de ruptura das barragens de Santarém e Germano durante uma entrevista colectiva em Mariana.

Segundo o director, Santarém tem um índice de estabilidade de 1,37 numa escala que vai de 0 a 2. Já o dique Selinha, uma das estruturas da barragem de Germano, tem um índice de 1,22, o que indica uma maior probabilidade de rompimento.

A Samarco tinha explicado anteriormente que o factor de 1,00 marca o limite de segurança para esse tipo de barragem. A companhia está a realizar trabalhos para reforçar as barreiras, que devem se estender pelos próximos 90 dias.

No último dia 5, a ruptura dos diques de contenção de resíduos minerais na mina de Bento Rodrigues, no distrito de Mariana, provocaram uma mar de 62 milhões de metros cúbicos de lama. A enchente, a mais grave ocorrida no mundo em pelo menos uma década, destruiu completamente a região de Bento Rodrigues, inundou seis comunidades próximas e uma enorme extensão de terra, além de afectou seriamente o Rio Doce, um dos mais importantes cursos de água da região.

Segundo o último balanço oficial, o rompimento causou pelo menos onze mortos. Quatro vítimas ainda não foram identificadas, enquanto as equipes de resgate continuam a procura de 12 desaparecidos.

A ministra do Meio Ambiente do Brasil, Izabella Teixeira, classificou o incidente de “catástrofe ambiental” que “teve impactos extremamente graves” na fauna da região.

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