A 25 de Setembro, quando se celebrava o Dia das Forças Armadas de Defesa de Moçambique, os assassinatos não aconteceram apenas em Zimpinga, no distrito de Gondola, província de Manica. Na localidade de Nkondezi, no distrito de Moatize, em Tete, presumíveis homens armados ainda por identificar irromperam pela residência de Elesson Jonasse, de 47 anos de idade, delegado político da Renamo, e assassinaram-no, a sangue frio, com recurso a uma arma de fogo, em frente dos seus filhos, menores de idade, e da sua esposa.
António Muchanga, porta-voz da Renamo, parco em palavras e aparentemente agastado com a situação, declarou ao @Verdade: “É verdade”. Um pouco irreconhecível pela sua contenção demasiada – facto a que não estamos habituados – Muchanga prosseguiu: “Assassinaram o homem na sua casa diante dos filhos e da mulher (…)”.
Os supostos bandidos fizeram-se passar por elementos da “Perdiz” que necessitavam de ajuda urgente de Elesson Jonasse, escreve o Canal de Moçambique na sua última edição, e cita Marcos Vululu, vizinho e pastor de uma igreja local, a testemunhar que “um grupo armado” dirigiu-se ao domicílio do malogrado, bateu à porta em nome dos membros da Renamo mas não foi autorizado a entrar devido à desconfiança dos donos da casa.
Por via disso, os malfeitores recorreram à musculatura, deitaram a porta abaixo, pegaram no delegado desta formação política e abriram fogo contra ele perante a família, tendo-o alvejado com dois tiros, um na testa e outro no tórax, o que ditou a sua morte imediata.
A mulher da vítima pôs-se aos gritos e banhou-se em lágrimas, o que despertou a atenção das pessoas mais próximas. Féliz Assomati, delegado provincial deste partido em Tete, confirmou o caso àquele semanário e acrescentou que os seus colegas sofrem perseguições encetadas pela Frelimo nos distritos de Tsangano, Macanga, Moatize e Angónia. Por causa disso, os visados pernoitam nas matas.