O aeroporto internacional de Ouagadougou, no Burkina Fasso, está encerrado, desde terça-feira e até nova ordem, devido à situação de segurança “instável” causada pela suspensão do processo de desarmamento dos ex-golpistas e dum risco de confronto entre estes e o Exército lealista.
“Tendo em conta a situação política nacional, o aeroporto de Ouagadougou está encerrado até nova ordem e todos os nossos voos estão anulados a 29 e a 30 de Setembro e até nova ordem”, indicou a Air Burkina num comunicado transmitido à PANA.
Cinco dias depois do anúncio da dissolução do Regimento de Segurança Presidencial (RSP), autor do golpe de abortado de 16 de Setembro, a situação de segurança do Burkina Fasso é frágil, porque os ex-golpistas, sob a direção do general Gilbert Diendéré, recusaram-se desde domingo a continuar o seu desarmamento.
O general Djibril Bassolé, último ministro dos Negócios Estrangeiros do ex-Presidente Blaise Compaoré, acusado de cumplicidade com os ex-golpistas, foi detido esta terça-feira em Ouagadougou.
Os elementos do RSP estão acantonados no seu campo, próximo da Presidência, no bairro residencial de Ouaga 2000 onde os movimentos das populações estão limitados por receio ade eventuais confrontos entre ex-golpistas e lealistas.
O Governo da transição tranquilizou o povo do Burkina Fasso esta terça-feira à tarde que tomou disposições para a garantia da sua segurança, a continuação do processo de desarmamento do ex-RSP e a rendição da “minoria de irredutíveis”.