O alemão Sebastian Vettel, da Ferrari, confirmou o domínio mostrado nos treinos de classificação e venceu neste domingo o Grande Prémio de Singapura em Fórmula Um, marcado também pela quebra da hegemonia da Mercedes e do líder do Mundial, o britânico Lewis Hamilton, que abandonou a prova por problemas mecânicos. Foi a terceira vitória do tetracampeão na temporada e a 42ª na carreira, o que tornou Vettel no terceiro piloto mais vitorioso da história da categoria ao ultrapassar Ayrton Senna, que tem 41. O alemão da Ferrari ainda fica atrás do compatriota Michael Schumacher (91) e do francês Alain Prost (51).
Apesar do triunfo, Vettel foi várias vezes pressionado pelo australiano Daniel Ricciardo (Red Bull), que acompanhou o ritmo do líder ao longo da corrida, mas não chegou perto o suficiente para arriscar uma ultrapassagem, ficando com a segunda posição. Kimi Raikkonen (Ferrari) completou o pódio.
O triunfo em Singapura ainda teve gosto especial para Vettel por outro motivo: o duelo particular com Hamilton. O britânico, que tem 40 vitórias, chegou ao circuito de Marina Bay com a esperança de igualar Senna, considerado por ele como o seu maior ídolo na Fórmula 1, mas acabou sendo facilmente batido pelo rival.
Mesmo com o fim de semana para se esquecer da Mercedes, o alemão Nico Rosberg ficou com a quarta colocação. O finlandês Valtteri Bottas fechou a prova em quinto, seguido pelo russo Daniil Kvyat (Red Bull), na sexta posição, e pelo mexicano Sergio Pérez (Force India), em sétimo. Em grande corrida de recuperação após cair para a última posição por um problema na largada, o holandês Max Verstappen (Toro Rosso) concluiu a prova em oitavo, acompanhado pelo companheiro de equipe, o espanhol Carlos Sainz Jr., em nono, a frente de Nasr.
Numa corrida sem grandes emoções devido à dificuldade de ultrapassagens no circuito de Marina Bay, Vettel largou com tranquilidade e abriu vantagem para Ricciardo na sequência, confirmando o domínio apresentado nos treinos. Mais atrás, as Mercedes tinham dificuldades para acompanhar o ritmo dos Ferraris e dos Red Bulls.
Na 13ª volta, o brasileiro Filipe Massa, da Williams, acabou por se envolver num acidente com Nico Hulkenberg (Force India) após sair das boxes. Aproveitando a lentidão de Massa, o alemão tentou forçar uma ultrapassagem, tocou na lateral do carro do adversário e acabou no muro, provocando a entrada do safety car.
Ricciardo, então, diminuiu a distância conquistada por Vettel, que já não apresentava o mesmo desempenho das voltas iniciais. Faltou ao australiano um melhor motor para se aproximar o suficiente e pular para a liderança. Nas retas, o Ferrari apresentava melhor desempenho que o Renault usado pela Red Bull, dificultando a manobra.
A prova seguiu sem emoções até a 24ª volta. O carro de Hamilton, que estava na quarta posição após conseguir passar por Kvyat, começou a ficar lento. O bicampeão mundial tentou resolver o problema conversando com os mecânicos pelo rádio, mas decidiu abandonar seis giros mais tarde. Na sequência, quem sofreu uma situação parecida foi Massa, com um problema de mudanças que o forçou a deixar a corrida.
Perto do fim da prova, o safety car foi novamente accionado, mas por uma situação inusitada. Um homem invadiu o circuito de Marina Bay, caminhando tranquilamente ao lado do guard rail de uma das retas. Ricciardo novamente aproximou-se de Vettel, mas mais uma vez não conseguiu ultrapassar o tetracampeão, que conduziu tranquilo até o fim para confirmar a terceira vitória no ano, ultrapassar Senna e gravar ainda mais o seu nome na história da Fórmula 1.