Dois milhões de dólares norte-americanos, o correspondente a pouco mais de cinquenta milhões de meticais é quanto o Projecto Comussanas, sedeado no distrito de Búzi, província de Sofala, acaba de assegurar com vista a implementar diversos projectos de apoio às comunidades de alguns distritos daquele ponto do país.
O valor de acordo com a coordenadora do Projecto Comussanas, Maria de Lurdes Mboana, foi desembolsado pela organização LED, através da Wilfswerk, duas agremiações austríacas que têm vindo a trabalhar no respectivo projecto há bastante tempo.
“Este será a segunda fase deste projecto baseado na comunidade e desta vez vai beneficiar os distritos de Gorongosa, Nhamatanda, Machanga, Chibabava para além do próprio distrito de Búzi, com um tempo de duração de quatro anos, durante o qual, vão ser realizados diversas actividades de desenvolvimento com o objectivo principal de quebrar o ciclo vicioso da doença do século e a pobreza”, disse Maria de Lurdes Mboana.
Segundo a nossa fonte, em relação aos distritos de Gorongosa e Nhamatanda, será a primeira vez a beneficiarem de fundos da Comussanas e como forma de fazer o projecto ser conhecido naquelas regiões, será designado por “Comussanas” em virtude de os trabalhos a ser levados a cabo ter uma outra abordagem com as comunidades a terem que desenhar as suas próprias acções com vista a quebrar as várias interferências negativas.
Outra boa nova para este projecto de acordo com Mboana, relaciona-se com o facto de poder haver aquilo que chamou de prioridade de fortalecimento institucional, onde estarão envolvidos vários profissionais das unidades sanitárias nas localidades onde o projecto vai ser implantado, dando maior atenção à participação comunitária com vista a que cada unidade sanitária consiga desenhar e escolher aquilo que é prioritário para o bem das suas comunidades.
Com vista a quebrar o ciclo vicioso das doenças e pobreza, a Comussanas, esteve há dias a fazer a apresentação aos líderes comunitários, assim como as unidades sanitárias deste novo projecto com vista a se inteirar melhor dos objectivos principais do mes-mo, ou seja, a tarefa que cada um deverá realizar visando melhores resultados.
“As comunidades tinham que saber primeiro o que é Comussanas e depois se desenhou as acções que serão levados a cabo, e uma vez que dois dos distritos contemplados entram pela primeira vez para o projecto, neste caso Gorongosa e Nhamatanda, viu-se a necessidade de os mesmos iniciarem com a troca de experiência, devendo colher experiências dos distritos de Búzi Machanga e Chibabava por estes serem já experimentados neste tipo de projectos” disse.
Adiantou que para além da troca de experiências haverá por outro lado, a capacitação institucional e participação comunitária, a partir de activistas, líderes comunitários e alguns enfermeiros das unidades sanitárias dos distritos abrangidos. Fazendo o balanço da primeira fase deste projecto que abrangeu os distritos de Machanga, Búzi e Chibabava, a nossa entrevistada disse ter sido bastante positivo porque a maior parte da população ficou dotada de mentalidades suficientes de como se devem prevenir as várias doenças que dia após dia, matam sem piedade muita gente.
Para além das prevenções, durante o projecto na fase a Comussanas construiu latrinas melhoradas, abriu furos de água, para além de instalar pequenos sistemas de água, o que permitiu a diminuição de distâncias que as populações percorriam à procura do precioso liquido. “Distribuímos redes mosquiteiros, cabritos para o fomento pecuário, gado para tracção animal e algumas infraestruturas”, disse Maria de Lurdes Mboana.