A Polícia da República de Moçambique (PRM) em Nampula registou pelo menos 10 óbitos e 15 feridos graves e ligeiros em consequência de sete acidentes de viação, na semana passada, em diferentes estradas, o que faz transparecer que os 23 óbitos apontados pelo Comando-Geral podem não reflectir, nem de longe, a realidade do drama vivido na semana finda em várias províncias de Moçambique.
Dos sete sinistros registados em Nampula, cinco foram de viação e dois marítimos. Os acidentes de viação causados por veículos foram do tipo despiste e capotamento, atropelamento e choque contra uma motorizada. A Polícia considera terem sido estas as principais causas de derramamento de sangue e luto devido à má travessia de peões e excesso de velocidade, para além da condução sob o efeito de bebidas alcoólicas.
O acidente que matou o maior número de pessoas ocorreu na tarde do dia 31 de Agosto, na Estrada Nacional número 13 (EN13), no distrito de Ribáuè, província de Nampula, no qual seis pessoas pereceram no local e outras sete ficaram feridas. A viatura envolvida na tragédia ficou totalmente danificada.
Os outros acidentes, que também vitimaram mortalmente pessoas de diferentes faixas etárias, ocorreram nos distritos de Malema, Meconta e Mosuril. Em consequência destas desgraças, foram registadas quatro danos materiais avultados e três automobilistas foram, de acordo com a Polícia, detidos e punidos com multas previstas no Código de Estrada, conforme as infracções cometidas.
Relativamente aos dois acidentes marítimos, que ditaram a morte de duas crianças, os mesmos ocorreram na praia da vila sede do distrito de Mossuril, sendo o mau tempo considerado a principal causa o infortúnio.
Sérgio Mourinho, chefe do Departamento de Relações Públicas no Comando Provincial da PRM em Nampula , lamentou o facto de o número de sinistros estar a subir cada vez mais.
O agente da Lei e Ordem garantiu à nossa Reportagem que a corporação desencadeou uma campanha de sensibilização e educação cívica visando consciencializar os automobilistas e demais cidadãos no sentido de colaborarem para se travar os acidentes de viação, que na sua opinião tendem a ser, nos últimos dias, uma das principais causas de mortes em Moçambique.