O reverendo Jesse Jackson, que passou todo o dia de sexta-feira junto com a família de Michael Jackson, morto quinta-feira aos 50 anos, disse neste sábado à rede de televisão ABC que a família deverá realizar uma “autópsia independente” do corpo do cantor.
“Sinceramente, a família precisa de uma autópsia independente. Estou seguro de que ela deveria fazer isso, e provavelmente o fará”, declarou. O pastor negro, militante dos direitos cívicos, também referiu-se às muitas questões não resolvidas sobre a morte do ídolo, que envolvem principalmente o papel desempenhado pelo médico particular do astro, Conrad Murray.
“Quando o médico veio? O que fez? Deu uma injeção a Michael? E se deu, qual foi a substância injetada? O médico voltou muito tempo depois de ter sido chamado?”, perguntou o reverendo. “A ausência dele levanta questões importantes, às quais só ele pode responder”, prosseguiu.
O consumo excessivo de medicamentos foi amplamente citado pelos familiares do cantor como uma das causas possíveis para a morte. “Há suspeitas que pairam sobre este médico, e com razão, pois qualquer outro médico diria: ‘Isso foi o que aconteceu durante as últimas horas de vida de Michael Jackson. Eu estava lá. Dei-lhe medicamentos'”, declarou o pastor Jackson, que não tem nenhum parentesco com o cantor.
“Em vez de fazer isso, o médico deixou o local e abandonou seu carro. Quem veio buscá-lo? Porque a polícia apreendeu seu veículo?”, ainda perguntou o reverendo. O médico “deve à família e a o público” explicações sobre as últimas horas de vida de Michael Jackson, afirmou, sentenciando que “nesse caso, o problema não é a automedicação, mas o médico”.