Supostos separatistas tribais mataram pelo menos 33 pessoas, incluindo mulheres e crianças, no Estado de Assam, no nordeste da Índia, esta terça-feira (23), disse a polícia.
O Estado de Assam possui um histórico de violência sectária e de conflitos entre grupos armados que lutam por mais autonomia ou separação da Índia. A polícia suspeita que os militantes da Frente Nacional Democrática de Bodoland (NDFB) estejam por trás de quatro ataques promovidos na terça-feira dentro de um intervalo de uma hora.
O grupo está a lutar por uma nação livre para a população local tribal Bodo, argumentando que o Estado produtor de chá foi inundado por estrangeiros. O primeiro-ministro Narendra Modi disse num post no Twitter que os assassinatos de pessoas inocentes eram actos de covardia.
Os habitantes de vilarejos que fugiram do massacre disseram à polícia que os rebeldes vieram a pé, armados com rifles e vestidos de uniformes militares. Eles arrombaram as portas das cabanas locais e abriram fogo. Algumas pessoas foram retiradas de suas casas e executadas à queima-roupa. Numa vila no distrito de Sonipur, 21 pessoas foram mortas.
“Eles nem pouparam as mulheres e crianças”, disse um policial, acrescentando que havia pelo menos 10 mulheres entre os mortos. As forças de segurança da Índia lançaram uma campanha no mês passado para remover os rebeldes dos seus esconderijos, o que levou a uma ameaça deles sobre matar os estrangeiros.
O inspector geral da polícia S. N. Singh disse a jornalistas na principal cidade da região, Guwahati, que outras forças estavam a ser enviadas para rastrear e caçar os militantes. Ele disse que os habitantes em risco seriam levados para lugares mais seguros.