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População adopta práticas locais de controlo ambiental em Nampula

Algumas práticas locais adaptáveis ao controlo de queimadas descontroladas, erosão dos solos e outros fenómenos ambientais estão a surtir efeitos positivos em várias comunidades da província de Nampula, norte de Moçambique.

Nos distritos de Mogovolas e Moma, a sul daquela província, a população já identificou os reais problemas ambientais tendo, para o efeito, iniciado a implementação de um conjunto de medidas com vista à sua mitigação, sob assistência técnica do funcionários ligados ao Planeamento e Infra-estruturas e representantes das instituições de ensino superior.

De acordo com o director provincial para a Coordenação da Acção Ambiental, Armando Chaúque, em alguns casos, as actividades de preservação ambiental estão condicionadas à disponibilidade financeira.

Em Mogovolas, por exemplo, são necessários cerca de 27 milhões de meticais para se fazer face à acentuada degradação dos solos, sobretud, nos bairros da vila-sede de Nametil, com enfoque para as áreas residenciais dos postos administrativos de Nanhupo-rio, Calipo, Iuluti e Muatua.

Falando à margem do II Conselho Provincial do Ambiente, que decorreu semana finda sob o lema “Nampula: 20 anos por um ambiente são, equilibrado e sustentável”, Armindo Chaúque falou de actividades desenvolvidas pela instituição que dirige na promoção de boas práticas ambientais, sobretudo no que tange ao combate à erosão dos solos e a queimadas descontroladas.

Segundo o nosso entrevistado, acções de avaliação sobre os fenómenos ambientais e de avaliação dos custos orçamentais para sua possível mitigação em cada um dos 23 distritos daquela província vão contar sempre com o envolvimento directo das próprias comunidades.

Extracção desenfreada de areia com dias contados

Uma equipa multissectorial, composta por técnicos do Conselho Municipal e das Direcções Provinciais para Coordenação da Acção Ambiental e dos Recursos Minerais e Energia está a estudar mecanismos tendentes a disciplinar a prática desordenada de extracção de areia para a construção civil na cidade de Nampula.

Segundo fontes da Direcção Provincial para Coordenação da Acção Ambiental, a iniciativa está a ser desenvolvida no quadro do combate ao persistente problema de erosão dos solos na chamada capital do norte.

Para o efeito, iniciou-se no ano passado um trabalho conjunto nos locais de maior extracção daquele produto, com vista a identificar-se o número real de operadores, para que os mesmos sejam sensibilizados a optar por uma outra actividade de rendimento.

O governo de Nampula pretende banir, duma vez por todas, a proliferação de vendedores informais de areia, uma prática tida como a principal causa dos problemas ambientais em vários centros urbanos em Moçambique.

Segundo apurou o @Verdade, Nampula ressente-se de vários problemas ambientais, derivados das mudanças climáticas, assentamentos informais desregrados, queimadas descontroladas e desflorestamento, mas o seu controlo continua ineficiente.

O sector da Acção Ambiental, ao nível daquela província, esteve reunido em mais uma sessão de capacitação de técnicos distritais de Planeamento e Infra-estruturas para uma avaliação sobre as actividades desenvolvidas ao longo do quinquénio e perspectivar as que se seguirão. No último domingo (21) o sector do Ambiente celebrou 20 anos da sua criação e várias acções ligadas à preservação dos recursos naturais marcaram as festividades.

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