A Suprema Corte de Hong Kong determinou que os principais locais de protesto que afectam a cidade há mais de dois meses sejam esvaziados, abrindo caminho para um possível confronto final entre os activistas pró-democracia e forças apoiadas por Pequim.
Uma empresa de autocarros local, que recebeu uma liminar contra os bloqueios de ruas no entorno do Almirantado, que abriga escritórios do governo e fica próximo ao principal bairro comercial da cidade, obteve uma ordem de retirada da Suprema Corte, de acordo com notícias divulgados nos jornais locais na terça-feira.
os grupos de estudantes vêm cobrando uma votação livre em 2017 na cidade controlada pela China por meio de manifestações em grande parte pacíficas, num movimento apelidado de “Movimento Guarda-Chuva”.
O actual governante de Hong Kong, C.Y. Leung, que considera os protestos ilegais, rejeitou os apelos por mais negociações sobre a reforma política e advertiu os manifestantes a não recorrerem para a violência quando a desobstrução do local começar.
Diferentes grupos de protesto que pedem por democracia em Hong Kong estão a surgir, num momento em que os manifestantes liderados por estudantes consideram uma retirada do principal local de protestos, que bloqueia vias principais do centro da cidade desde o final de Setembro.
A polícia deve retirar os manifestantes na quinta-feira, numa acção com mais de 3.000 homens, de acordo com o jornal South China Morning Post, citando fontes policiais. O número de manifestantes nas ruas diminuiu consideravelmente para menos de 100, e a maioria das centenas de barracas erguidas no local de acampamento está vazia. No auge, os protestos chegaram a atrair mais de 100.000 pessoas.