O investimento directo em Moçambique, nacional e estrangeiro, disparou de 1.891 milhões de dólares no período compreendido de Janeiro a Setembro de 2012, para 3.237 milhões e 3.855 milhões, em igual período de 2013 e 2014 respectivamente. Em termos de promessas de postos de emprego, os investimentos apontam para a criação de 33.167 postos de trabalho no mesmo período de 2014, uma cifra considerada alta comparativamente aos anos de 2012 e 2013, quando foram registados 1.360 e 28.941, respectivamente.
Falando no término da 31ª sessão ordinária do Conselho de Ministros, em Maputo, o porta-voz Henrique Banze, explicou que o sector de transportes e comunicações foi o que registou o maior volume de investimentos, cerca de 20 por cento de todo o valor aprovado, seguido dos serviços e comércio (14 por cento) e agricultura e agro-indústrias com 12,93 por cento.
O governo recebeu ainda no mesmo período de 2014, um total de 403 projectos dos quais foram aprovados 398 para as diversas áreas de investimento. Com 118 projectos, o sector de serviços e comércio assume a primeira posição, seguido pelos transportes e comunicações (86) e indústria (76).
“Se olharmos para as províncias, onde os investimentos foram feitos, verificamos que Sofala (na região centro) com cerca de 1.128 milhões de meticais é a que teve mais investimentos, seguida por Cabo Delgado (região norte), com cerca de 1.054 milhões e Cidade de Maputo (sul), com cerca de 1.006 milhões de meticais?”, referiu Banze.
Na área das actividades económicas, exercida fundamentalmente pelos Balcões de Atendimento Único (BAU´s), os números, de Janeiro a Setembro de 2014, indicam que o investimento realizado é de cerca de 2.050 milhões de meticais.
“Este investimento permitiu ao governo arrecadar cerca de 28 milhões de meticais, a maioria dos quais através do licenciamento. Em relação à exploração de recursos minerais, o governo aprovou 228 licenças para várias actividades mineiras, incluindo para as actividades de prospecção e extracção. Com 48 projectos aprovados, a província central da Zambézia é a que regista o maior número, seguida por Cabo Delgado, Manica e Tete com 45, 29 e 28, respectivamente. ?Esperamos que estes projectos possam contribuir para que o nosso país continue a avançar muito rapidamente, nesta área que tem levantado muitas expectativas no nosso país”?, disse o porta-voz, que também desempenha as funções de vice-ministro dos negócios estrangeiros, para de seguida acrescentar as receitas resultantes da atribuição de licenças de concessão mineira atingiram cerca de 34,7 milhões de dólares.
Apesar deste crescimento, Banze considera que ainda há muitos desafios, entre os quais a construção de infra-estruturas básicas, para apoiar todo o processo de desenvolvimento e investimento. Estas infra-estruturas incluem vias de acesso, sistemas de abastecimento de água, telecomunicações, entre outras.