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Manifestantes entram em confronto com a polícia por causa do massacre no México

Manifestantes lançaram coquetéis molotov e enfrentaram a polícia em frente ao Palácio Nacional, na Cidade do México, quinta-feira (20), enquanto milhares de pessoas protestavam contra o modo como o presidente Enrique Peña Nieto tem lidado com o massacre de 43 estudantes de magistério.

Centenas de policiais da tropa de choque bloquearam o acesso ao palácio, na principal praça da capital, onde milhares de manifestantes reuniram-se para solidarizarem-se com os estudantes, aparentemente assassinados depois de serem sequestrados por policiais corruptos a 26 de Setembro.

Passeatas foram conduzidas pacificamente até chegarem ao Zócalo, onde os manifestantes atearam fogo num boneco de Peña Nieto. Numa passeata anterior, os manifestantes conseguiram incendiar a principal porta do Palácio Nacional, a 9 de Novembro.

Um grupo menor de manifestantes dirigiu-se à entrada do palácio, antes de a polícia avançar para liberar a praça. Antes, cerca de 300 mascarados entraram em confronto com a polícia perto do aeroporto da Cidade do México, lançando coquetéis Molotov e fogos de artifício.

Ninguém ficou ferido, disse a polícia. O México tem sido tomado por protestos desde que 43 estudantes da cidade de Iguala, no sudoeste do país, foram levados por policiais a serviço de uma das quadrilhas de narcotráfico locais, sendo provavelmente carbonizados, de acordo com o governo, que ainda investiga o caso.

As passeatas foram organizadas no 114º aniversário do início, em 1910, da Revolução Mexicana que derrubou o ditador Porfírio Diaz. Entre os manifestantes estavam parentes dos estudantes. Muitos carregavam cartazes com mensagens contra o governo.

Contribuiu para o descontentamento popular um escândalo sobre um lucrativo contrato público para a construção de uma linha férrea de alta velocidade, mais um motivo de constrangimento para o presidente.

Foi descoberto que uma das empresas envolvidas no consórcio vencedor da licitação para a obra era proprietária de uma mansão de luxo em processo de aquisição pela esposa de Peña Nieto, Angélica Rivera, lançando dúvidas sobre o processo de concorrência.

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